A coluna trará uma análise do mercado imobiliário, com tendências do segmento, panorama, dicas e orientações. Tem como público-alvo principal o cliente que compra o imóvel, seja para morar ou investir, quem mora de aluguel, quem aluga, quem deseja vender o próprio imóvel, trocar. Ou seja, munir esses leitores de informação para ajudá-los a tomar decisões e fazer bons negócios

Agenda ESG não é modismo

Saiba como estes princípios aplicados ao mercado imobiliário (ao seu negócio) podem aumentar a longevidade e lucratividade da sua empresa

Vitória
Publicado em 11/08/2021 às 02h02
Construção sustentável
O pilar ambiental refere-se a como a empresa reduz os impactos ambientais, preocupando-se com agendas como aquecimento global, emissão de carbono e eficiência energética. Crédito: Life for Stock/ Freepik

Não é um termo novo, mas tem ganhado grande destaque nestes últimos anos. A sigla ESG ( do inglês Environmental, Social and Governance) foi cunhada pela primeira vez em 2004, em um evento da ONU (Organizações das Nações Unidas) em parceria com empresas do segmento financeiro nomeado “Who Cares Wins” (Quem se importa ganha). Um nome bem sugestivo para um evento que tinha por finalidade trazer para discussão uma melhor compreensão da realidade por nós vivenciada, cada vez mais complexa e interconectada. E, portanto, ter uma visão mais abrangente de todo o ecossistema que interage nestas relações – sociais, ambientais e corporativas – é fundamental para antecipar e minimizar riscos, assim como para capturar novas oportunidades de geração de valor e competitividade.

Trazer essa discussão para o Mercado Imobiliário torna-se crucial, pois, como todo processo de transformação, começa pela educação e formação de um senso comum, isto é, uma ideia que possa ser validada e compartilhada dentro de uma comunidade para que se faça sentido. Sendo assim, é fundamental que possamos discutir mais sobre estas ideias e para que novos mercados se abram para essa nova mentalidade, para então tornar possível a transformação do cotidiano de nossas empresas. 

E como vivemos em um mundo interconectado, não é à toa que a agenda ESG ganha força a partir dos anos 2000.

Uma pesquisa da Nielsen com consumidores em todo o mundo mostrou que 81% acreditam fortemente que as empresas devem ajudar a melhorar o meio ambiente. Adicionalmente, 60% declaram estar extremamente preocupados com a poluição do ar, da água, do uso de embalagens, dos resíduos de alimentos, dentre outros. Essa mesma pesquisa também chama a atenção para os consumidores mais jovens, os quais tendem a ser mais receptivos e dar maior importância às questões ambientais e sociais.

De acordo com uma pesquisa feita pela IBM, 70% dos membros da Geração Z (pessoas nascidas após a metade da década de 1990) têm influência em como sua família gasta o dinheiro. Sua opinião interfere diretamente na tomada de decisão de compra.

Diversos estudos apontam que os investidores estão cada vez mais atentos às empresas que possuem suas políticas e práticas embasadas na sustentabilidade do ecossistema do negócio como um todo. Propósito, responsabilidade social e ambiental, crescimento e rentabilidade fazem mais sentido quando garantem impacto positivo no mundo. 

O que essa sigla significa?

A sigla ESG significa um conjunto de boas práticas adotadas pelas empresas em três âmbitos: ambiental, social e de governança.

No pilar AMBIENTAL estamos nos referindo a como a empresa reduz os impactos ambientais, preocupando-se com agendas como: aquecimento global, emissão de carbono, eficiência energética, gestão de resíduos, poluição, recursos naturais dentre outros.

O pilar SOCIAL é entendido como respeitamos nossos parceiros: clientes, colaboradores e funcionários. Como trabalhamos os temas inclusão e diversidade, direitos humanos, privacidade e proteção de dados, engajamento dos funcionários, políticas e relações de trabalho, relações com a comunidade, treinamento da força de trabalho

Em GOVERNANÇA, tratamos das melhores práticas de gestão corporativa, sobre os mecanismos de transparência e ética nos negócios, tais como: diversidade no conselho, ética e transparência, gestão descentralizada, estrutura dos comitês de auditoria e fiscal, política de remuneração da alta administração e canais de denúncia.

Mas, afinal como posso adotar os princípios ESG no meu negócio?

Diversas ações podem ser realizadas. Contradizendo, muitas vezes, nosso pensamento inicial de que adotar uma política de sustentabilidade ambiental, social e governança é somente para grandes empresas, defendo que podemos com pequenas novas ações começar a revolução que queremos ver em nossos negócios. E entender os princípios colocados acima é o primeiro passo dessa jornada.

Não é porque você não pode fazer muito que significa que não possa fazer nada. Isso é muito diferente. As grandes revoluções começam com pequenas ações.

Sugiro fortemente que ouse colocar práticas de ESG como prioridade em sua agenda. É tempo do lucro com propósito!

É tempo de abundância onde as infinitas possibilidades estão disponíveis e acessíveis. Eu acredito! Sejamos todos conectores da transformação!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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