Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Adeus melancólico à Copa decreta o fim de um ciclo na seleção feminina

Brasil não conseguiu superar a Jamaica e se despediu da competição de forma precoce, ainda na fase de grupos, nesta quarta-feira (2)

Marta não vai mais vestir a camisa da Seleção brasileira
Marta não vai mais vestir a camisa da Seleção brasileira. Crédito: Thais Magalhães/CBF

Não deu certo! Sem muitas caças às bruxas e sem querer escolher um rosto para ser o grande culpado, a Copa do Mundo Feminina expôs a necessidade de renovação no futebol brasileiro. A eliminação precoce na manhã desta quarta-feira (02), no empate em 0 a 0 com a Jamaica ainda na fase de grupos, é decepcionante. Mas é também o pontapé inicial para uma transformação no pensar futebol que precisa acontecer.

No decorrer da competição, o Brasil se mostrou uma equipe muito irregular, com poucos recursos ofensivos, e ainda cometeu falhas defensivas que foram cruciais. Se o primeiro jogo contra o Panamá empolgou, as atuações diante de França e Jamaica foram bem abaixo do esperado.

Dentro das quatro linhas, a responsabilidade é de quem está à frente do elenco. Ou seja, a sueca Pia Sundhage tem que assumir parte da culpa pelo trabalho não ter dado certo. As falhas de marcação diante da França e a pouca agressividade ofensiva em um confronto que precisava buscar a vitória sobre a Jamaica eliminaram o Brasil da Copa. E isso é treino.

Desde 2019 no comando do Brasil e sem bons resultados nos Jogos Olímpicos de Tóquio e na Copa da Austrália e Nova Zelândia, Pia não deve continuar à frente da seleção feminina. Pesam contra a treinadora as más atuações na Copa, a falta de repertório de sua equipe e a demora nas substituições. Não há mais clima para Pia.

Seleção empatou com a Jamaica e foi eliminada
Seleção empatou com a Jamaica e foi eliminada. Crédito: Reprodução/Fifa

Dentro de campo, expoente máximo do futebol feminino no mundo, Marta jogou a toalha e disse que não atua mais com a amarelinha. É o fim de uma geração de ouro, que já ficou sem Formiga, que viu Cristiane não ser convocada e agora se despede da rainha eleita seis vezes melhor do mundo.

Agora é esperar a reformulação que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisa fazer. Que a entidade máxima do futebol brasileiro tenha a competência para identificar as mudanças necessárias, fazer os investimentos no futebol feminino, escolher um bom nome para estar à frente da equipe, determinar uma nova filosofia de trabalho e oferecer o melhor para as atletas. Só assim o sucesso virá.

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