
Os empresários do setor de rochas serão ouvidos pelo comitê montado pelo governo federal para reagir ao tarifaço anunciado, na semana passada, pelo presidente norte-americano, Donald Trump. A participação foi acordada, na manhã desta segunda-feira (14), em uma reunião do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que será o coordenador dos trabalhos.
"A reunião foi muito produtiva. Reforcei com o vice-presidente a necessidade de encontrarmos uma saída negociada, claro, mantendo a nossa soberania, e apontei a importância da indústria de rochas para o Espírito Santo e como ela será afetada caso essa tarifa anunciada saia mesmo do papel. Pedi para que o segmento fosse ouvido pelo comitê, que fizesse parte dessa construção de uma saída, e a solicitação foi prontamente atendida", explicou Casagrande, que foi a Brasília conversar com Alckmin.
Os ministérios da Fazenda, da Casa Civil e das Relações Institucionais farão parte do comitê junto com a estrutura do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O diálogo com os grandes exportadores, que possuem relações fortes com empresas e instituições de peso nos Estados Unidos, é visto pelo governo federal como fundamental para que seja encontrada uma saída. As rodadas de conversas devem começar nesta terça-feira (15).
A indústria de rochas brasileira está concentrada no Espírito Santo - 80% do faturamento está aqui. No ano passado, foram exportados US$ 1,2 bilhão, sendo que 56% tiveram os Estados Unidos como destino. A tarifa de 50% anunciada por Trump praticamente inviabiliza o negócio por lá.
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