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Presidente da Vale vem ao ES e tem reunião "mais ou menos" com Casagrande

Gustavo Pimenta, presidente da Vale, esteve em Vitória na última quarta-feira (16). A agenda do dia foi encerrada com uma reunião, no Palácio Anchieta, com o governador Renato Casagrande

Publicado em 18/04/2025 às 03h50
Presidente eleito, Gustavo Pimenta é vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale desde 2021
Gustavo Pimenta é o presidente da Vale, uma das maiores empresas do Brasil. Crédito: Vale/Divulgação

Gustavo Pimenta, presidente da Vale, esteve em Vitória na última quarta-feira (16). A agenda do dia foi encerrada com uma reunião, no Palácio Anchieta, com o governador Renato Casagrande. Na pauta principal o atraso do cronograma de execução do Ramal Sul da Ferrovia Vitória-Minas, uma via de pouco mais de 80 quilômetros que ligará Santa Leopoldina a Anchieta (Porto de Ubu, da Samarco), tida como estratégica para o Estado por ser a primeira parte da futura estrada de ferro Vitória-Rio (EF-118). O mandatário capixaba reclamou que a Vale não está cumprindo o cronograma de execução apresentado por ela mesma em julho de 2023. Casagrande esperava pelo menos uma promessa de solução, afinal, é um problema que se arrasta, mas...

"Foi uma reunião mais ou menos. É que posso dizer. O presidente da Vale disse que não há como tocar o projeto da maneira como desejamos sem que todas as pontas do acordo envolvendo as renovações antecipadas das ferrovias Carajás e Vitória-Minas estejam amarradas (Ministério dos Transportes e mineradora fecharam um entendimento no final do ano passado, desde março o Tribunal de Contas da União está analisando o que foi acordado, até terminar, nada feito). Eles querem uma definição global de tudo o que está sendo discutido com o governo federal. As obras da ferrovia que vai até Ubu estão dentro deste pacote. Nós ligamos para o ministro (dos Transportes) Renan Filho durante a reunião e ele nos garantiu que, muito embora as conversas ainda estejam acontecendo, a ferrovia (Santa Leopoldina a Anchieta) está garantida. Em maio voltaremos a falar com as duas partes (Vale e Ministério dos Transportes)", disse o governador.

A parte positiva do encontro com Pimenta foi a garantia dada por ele de que a Vale irá enviar para a ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres) a documentação para a emissão da Declaração de Utilidade Pública (DUP), necessária para a desapropriação de terras para a construção. São mais de 700 ao longo do trecho. "Foi a parte positiva da reunião. Eles ficaram de enviar para a ANTT a documentação necessária para a DUP, assim conseguiremos proteger as áreas por onde a ferrovia vai passar. O projeto está atrasado, mas as cidades estão se adensando, é um complicador para as desapropriações e, consequentemente, para o andamento das coisas", explicou Casagrande.

Em julho de 2023, altos executivos da Vale estiveram no Palácio Anchieta e garantiram que a ferrovia sairia do papel. Um projeto, segundo eles, de R$ 6 bilhões que seria entregue em 2030. De acordo com o PowerPoint apresentado, a parte do licenciamento ambiental e das desapropriações estaria vencida em julho de 2025, mas a coisa não caminhou. Diante da situação, o governo capixaba subiu o tom das cobranças. O vice-governador, Ricardo Ferraço, chegou a afirmar que a mineradora precisava ser enquadrada pelo governo federal.

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