
Até 2029, serão desmobilizados 3.773 poços de óleo e gás no Brasil, sendo 403 no Espírito Santo. O investimento total para fazer o abandono permanente, a remoção das linhas, dos equipamentos e a desmobilização das unidades de exploração ficará em R$ 70,2 bilhões no país e de R$ 5,3 bi no Estado. Os dados estão no Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural da Findes.
O aporte gigantesco é para que tudo seja feito dentro dos padrões exigidos, principalmente os ambientais. Uma bela oportunidade para empresas de setores como o metalmecânico, de destinação de resíduos e para a indústria naval. Estaleiros especializados em descomissionamento de embarcações e demais aparelhagens não são comuns no Brasil, por isso, boa parte desses bilhões costumam ir para Ásia, Europa e Estados Unidos.
Até 2028, somente a Petrobras, em todo o Brasil, irá desmobilizar 23 plataformas, um aporte de US$ 11 bilhões. Outras 40 virão daí para frente. O trabalho exige legislação ambiental específica e muita tecnologia. Outro detalhe importante: os componentes de um navio têm alto valor de mercado, portanto, há oportunidade para ganhar com o descomissionamento e também com a destinação final dos equipamentos e materiais que serão desmontados.
Como o Espírito Santo está de frente para o pré-sal, o Estado é visto com bons olhos pelos investidores. A Vports já disse que estuda a possibilidade da instalação de uma estrutura na área de 500 mil m² que possui em Barra do Riacho, Aracruz, e a gigante M.A.R.S. (Modern American Recycling Services) já tem um memorando de entendimento assinado com o Porto Central, que está sendo construído em Presidente Kennedy, Sul do ES, para a construção de um estaleiro no complexo. Boas oportunidades não faltam.
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