
Em seu Plano Estratégico 2025/2029, a Petrobras projeta um investimento de US$ 111 bilhões (R$ 643 bilhões na cotação atual do dólar) nos próximos cinco anos. Um volume gigantesco para dar conta de aumento de produção, refino, infraestrutura e novos projetos. Trata-se de um prato cheio para os fornecedores, de serviços de todas as ordens, aqui do Espírito Santo, Estado que, ao longo das últimas duas décadas, consolidou-se como uma das bases da indústria brasileira de óleo e gás.
As principais necessidades dos próximos anos, em números aproximados, foram listadas pela companhia:
- Estão certas as contratações de mais cinco novos navios plataformas (alguns com mais de 200 mil barris/dia de capacidade) e outros seis estão em estudo;
- Cerca de 3,5 mil quilômetros de tubos e tubulações (OCTG) em metal laminado;
- Cerca de 300 sistemas completação (conjunto de sistemas que deixam o poço pronto para operar);
- Entre 25 e 30 sondas;
- Serão 11 projetos de refino, logística, gás e energia;
- Algo próximo de 6 mil quilômetros de dutos rígidos, flexíveis e umbilicais;
- Cerca de 70 árvores de Natal (válvulas que controlam a produção de um poço de petróleo);
- Serão seis contratos de Engenharia, Aquisição, Construção e Instalação (EPCIs) para o desenvolvimento de projetos;
- Serão 14 contratos de descomissionamento de embarcações, os chamados EPRD (Engenharia, Preparação, Remoção e Disposição);
- Entre 80 e 90 embarcações submarinas serão contratadas.
Basta dar uma rápida lida nas necessidades listadas pela própria Petrobras para entender o amplo leque de oportunidades aberto para fornecedores diretos e indiretos. O Espírito Santo tem estaleiro, tem um dos maiores parques siderúrgicos do Brasil, tem uma das mais desenvolvidas indústrias de base, abriga empresas especializadas em dutos, flexíveis e umbilicais e tem alguns projetos em andamento para a construção de estaleiros especializados em descomissionamento. As necessidades são enormes, temos a faca e o queijo na mão.
Em encontro recente com industriais, inclusive com a presença de representantes da Federação das Indústrias do Espírito Santo, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard disse que o maior desafio para colocar de pé o plano de negócios é encontrar mão de obra qualificada e empresas fornecedoras em condições de atender.
O desafio está dado. As oportunidades também.
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