
A ES Gás, distribuidora de gás responsável por todo o Estado do Espírito Santo, anunciou que fará investimentos de R$ 1 bilhão até 2030. A concessionária, que pertence ao Grupo Energisa, vai acelerar o processo de ampliação da rede distribuidora, de oferta de gás natural veicular nas rodovias e de modernização de sua infraestrutura. Privatizada em março de 2023 (o governo do Estado era o acionista majoritário, em uma sociedade com a Vibra), a ideia dos novos donos é tirar o atraso de anos de baixo investimento em ampliações e tecnologia.
"Nós aceleramos os investimentos de 2023 para cá. Foram R$ 126 milhões nas mais diversas iniciativas, como, por exemplo, em quase 100 quilômetros de gasodutos, nos 25 anos anteriores tinham sido feitos 500 quilômetros de tubulação. Mas precisamos ir além, e é isso que este planejamento estratégico que estamos entregando para a Arsp (Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo) está propondo. Queremos colocar o Espírito Santo na liderança nacional da distribuição de gás natural. Queremos mais rede, mais postos com bicos injetores de alta capacidade e mais indústrias ligadas, ainda estamos muito abaixo", disse Fábio Bertollo, CEO da ES Gás.
O plano parte de três frentes fundamentais: interiorização, democratização energética e segurança operacional. A ES Gás acredita que conseguirá dobrar a quantidade de clientes (hoje em 85 mil), ampliar em 80% a extensão da rede de gasodutos (de 590 quilômetros para 1.060 quilômetros) e dobrar a quantidade de usuários gás natural veicular (de 50 mil para 100 mil). Entenda:
Interiorização: serão colocados R$ 300 milhões para que a rede de gás chegue a mais cinco cidades até 2030 (Pedro Canário, Nova Venécia, Domingos Martins, Mimoso do Sul e Jaguaré), na ampliação da infraestrutura no complexo portuário e industrial de Barra do Riacho, Aracruz, e na criação de corredores de gás nas rodovias capixabas. Serão 65 postos com bicos de alta capacidade (que abastecem uma carreta em 15 minutos), a ideia é ganhar espaço no mercado de veículos pesados.
Democratização energética: serão aportados R$ 470 milhões no adensamento da clientela nas 14 cidades que já possuem rede da ES Gás, principalmente na Grande Vitória. Isso passa por clientes residenciais, comerciais e industriais. Pelas contas da distribuidora, mais de 600 fábricas estão instaladas relativamente perto dos gasodutos, mas ainda não são clientes. Um trabalho comercial e de infraestrutura será feito para adensar a clientela.
Segurança operacional: a ES Gás vai investir R$ 230 milhões na infraestrutura já existente e em melhorias tecnológicas e de sistema. A companhia entende que a depreciação dos ativos está muito elevada, o que leva à perda de eficiência e amplia os riscos.
"O plano parte de quatro pilares: descarbonização, segurança energética, competitividade e desenvolvimento. O planejamento que estamos apresentando visa, com boa velocidade, ampliar infraestrutura, entregar mais gás, adensar a clientela - residencial e empresarial - e descarbonizar. Estamos muito confiantes de que modernizaremos um ativo que presta um serviço de interesse público e que aumentaremos a competitividade do Estado", assinalou Bertollo.
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