Não é só a indústria siderúrgica brasileira que está sofrendo com o forte crescimento das importações nos últimos anos. Os fabricantes de estruturas metálicas, como torres de energia, também estão passando aperto. Os empresários do setor afirmam que muito material está vindo de China e Índia, sendo que as peças indianas chegam até 40% abaixo dos valores praticados pelo mercado. No Brasil, são mais de 50 mil trabalhadores. No Espírito Santo, a maior representante é a Brametal, de Linhares, que tem 1,7 mil funcionários.
O Ministério do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços, chefiado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, já foi informado do assunto. Assim como foi feito com o aço, eles querem tarifas que protejam de uma concorrência considerada predatória. Uma investigação de dumping (quando uma empresa ou país vende produtos no mercado internacional por preços abaixo do custo de produção) também foi solicitada. Um trabalho de convencimento junto às empresas de energia do Brasil, grandes compradores de estruturas metálicas, está em curso.
Na siderurgia, os empresários enfrentam o que chamam de "desequilíbrio de mercado" desde 2023. As importações de aço de fora, destacadamente chinês dispararam desde então. Em 2024, uma sobretaxa foi imposta pelo governo brasileiro para segurar a entrada, mas pouco adiantou. Em 2025, as barreiras foram ampliadas, mas o cenário ainda é complicado para os brasileiros. A ArcelorMittal, a maior fabricante de aço do Brasil, anunciou, no começo do 2025, a intenção de fazer um investimento de R$ 3,8 bilhões na construção de uma linha de galvanizados e de um laminador de tiras a frio em Tubarão, mas, diante do cenário, o projeto está em banho-maria.
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