O Banestes teve um lucro de R$ 139 milhões no segundo trimestre de 2025. O resultado é 155% acima dos R$ 55 milhões registrados nos primeiros três meses do ano. Foi o dado que mais chamou a atenção dos investidores nos resultados trimestrais divulgados na noite desta quarta-feira (14). De acordo com os relatórios divulgados pela instituição, uma série de fatores contribuíram para o bom resultado, que é 39% superior ao do mesmo trimestre de 2024, mas um deles foi fundamental: corte de 71,4% no provisionamento.
As provisões contábeis são estimativas de despesas ou perdas futuras que uma empresa pode ter. Trata-se, nos bancos, de uma conta relevante, afinal, o negócio principal é emprestar capital para os outros. Quanto maior o risco, maior o provisionamento. E o que aconteceu entre o primeiro e o segundo trimestres do ano?
"No segundo trimestre de 2025, com a implantação da Resolução nº 4.966, de 25 de novembro de 2021, foram registradas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa no montante de R$ 18 milhões, representando redução de 71,4% em relação ao trimestre anterior", informa o Banestes no relatórios aos investidores.
Ao longo de todo o ano de 2024, a reserva do Banestes para "Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) ficou acima dos R$ 50 milhões. No primeiro trimestre do ano, chegou a R$ 63 milhões. Com a redução para R$ 18 milhões, no segundo trimestre, diferença de R$ 45 milhões, as margens foram ampliadas e o resultado final do banco foi positivamente impactado.
"Implantamos as novas regras do Banco Central e observamos uma otimização do provisionamento, com impactos positivos no resultado", explicou Silvio Grillo, diretor de Relações com Investidores e de Finanças do Banestes.
No semestre, o lucro líquido da instituição estadual ficou em R$ 194 milhões, 4,8% acima dos R$ 185 milhões do mesmo período de 2024.
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