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Focos de incêndio em áreas da Suzano disparam no Espírito Santo

Nas últimas semanas, têm sido registrados entre 25 e 35 focos de incêndio todos os dias. O calor e os ventos fortes contribuem, mas a ação criminosa é o principal problem

Publicado em 09/12/2023 às 03h50
Ocupação em áreas de eucalipto da Suzano em municípios do norte capixaba
Ocupação em áreas de eucalipto da Suzano em municípios do Norte capixaba. Crédito: Vitor Jubini

A Suzano, gigante mundial na produção de celulose a partir da fibra do eucalipto, observou um avanço de 25% nas ocorrências de incêndio em suas plantações localizadas no Espírito Santo. Foram 1.713 focos entre janeiro e novembro de 2022 e 2.144 no mesmo período deste ano. De acordo com a companhia e com o Corpo de Bombeiros, quase todos são provocados por ação humana. Importante destacar que a Suzano vem enfrentando problemas fundiários no Norte do Estado nos últimos anos, principalmente na região de São Mateus e Conceição da Barra. São várias as ocorrências de invasões, desmate ilegal e incêndios.

Nas últimas semanas, têm sido registrados entre 25 e 35 focos de incêndio todos os dias. O calor e os ventos fortes contribuem, mas a ação criminosa é o principal problema. Por conta do grande número de ocorrências, a Suzano deslocou recursos de suas operações no Maranhão para ajudar no combate ao fogo no Norte capixaba. Vieram 23 brigadistas, três caminhões-pipa e três caminhões com kit de incêndio para o primeiro combate. 

A Suzano possui quase 300 mil hectares no Espírito Santo, algo perto de 10% de tudo que a companhia tem de área no Brasil. Em meados do ano passado, o Estado, apesar de responder por 10% da área, era responsável por 40% dos incêndios registrados pela Suzano.

Esta insegurança torna a operação mais cara e afasta os investimentos do Estado. Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde a Suzano possui grandes operações, o problema dos incêndios é muito menor. Em Mato Grosso do Sul, em Ribas do Rio Pardo, a Suzano toca a construção de mais uma fábrica de celulose, um investimento que supera os R$ 20 bilhões, o maior aporte privado em curso no Brasil.

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