Bastidores e informações exclusivas e relevantes sobre os negócios e a economia do Espírito Santo

Empresas do ES tomam conta do maior projeto privado do Brasil

Doze fornecedores capixabas respondem por cerca de 60% dos serviços contratados pela Suzano no Brasil na obra de R$ 22 bi que a companhia toca em Ribas do Rio Pardo

Publicado em 18/05/2023 às 03h50
Canteiro de obras da Suzano em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul
Canteiro de obras da Suzano em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. Crédito: Suzano/Divulgação

Doze empresas do Espírito Santo tomaram conta da maior obra privada em curso no Brasil, a fábrica de celulose que a Suzano está construindo em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul. Um investimento de R$ 22 bilhões, com mais de 10 mil operários. As capixabas são fornecedoras das mais diversas atividades e respondem por algo perto de 60% de todos os serviços nacionais contratados pela Suzano durante a obra.

Estel (montagem elétrica e automação), Fibral (fibra de vidro), Fortanks (pré-moldados), Fortes Engenharia (construção civil), Frioar (ar-condicionado), Hollo Service (montagem), Imetame (montagem industrial), Klarus (tecnologia), Meta (gestão de canteiro), Nollus (montagem), SK Infraestrutura (construção civil) e Time Now (gerenciamento de obras) fazem parte do grupo de elite dos fornecedores de grandes obras do Brasil. É um nicho de mercado que se desenvolveu muito no Espírito Santo a partir dos anos 90 por conta das muitas demandas das grandes plantas industriais instaladas por aqui. Hoje, os capixabas são referência no Brasil e também no exterior.

"Estamos colhendo os frutos do que foi plantado lá nos anos 90, a partir de uma demanda da própria Aracruz Celulose (que hoje faz parte da Suzano). A nossa participação nesse tipo de obra era de 1% do que era contratado no Brasil, hoje, em muitos casos superamos os 60%. Não tínhamos qualificação para a prestação do serviço que exigiam, mas nos qualificamos, estudamos, fomos a feiras e seguimos dando duro. O resultado está aí", comemora Antônio Falcão, presidente da Câmara Setorial de Base e Construção da Federação das Indústrias do Espírito Santo. O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), criado em 1995 e que ajudou a puxar tudo isso, está dentro da Câmara.

"A Fábrica C da Aracruz (hoje Suzano) e o Laminador de Tiras a Quente da CST (hoje ArcelorMittal Tubarão), construídas no início dos anos 2000, abriram as portas das fornecedoras de tecnologia de Estados Unidos, Europa e Ásia para os fornecedores capixabas. Hoje, essas grandes empresas de tecnologia de fora, quando são contratadas para um grande projeto, já entram em contato conosco. Os bons serviços prestados nos últimos quase 30 anos nos possibilitaram essa linha direta. Também somos contratados diretamente pelos donos das obras, mas este é um canal muito relevante. Hoje, somos referência em obras dos segmentos de papel e celulose, mineração e siderurgia", assinala Falcão.

A maior unidade de celulose do mundo está prevista para ser entregue no primeiro semestre do ano que vem e vai fabricar 2,55 milhões de toneladas do produto por ano.  

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.

A Gazeta deseja enviar alertas sobre as principais notícias do Espirito Santo.