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Retomada da produção de leite é o grande desafio do agro no ES

A avaliação é do secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. Até o final de junho começará a rodar um programa estadual de recuperação

Publicado em 16/05/2023 às 17h20
Gado leiteiro: produtores encontram formas de aumentar a produção
Gado leiteiro: produtores encontram formas de aumentar a produção. Crédito: Nater Coop/Divulgação

O maior desafio do agronegócio capixaba é reabilitar a produção de leite. A avaliação é do secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli. Até o final de junho, o governo estadual vai lançar um programa de recuperação em parceria com o setor privado. A ideia é iniciar o processo antes mesmo do lançamento do novo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag), que deve ficar pronto e começar a rodar até o final de agosto.

"Precisamos recuperar a nossa produção de leite, é o nosso grande desafio. Já temos uma série de boas iniciativas em curso no Estado, mas a ideia é reunir as boas ideias e focar no processo de retomada. Temos tecnologia e o preço do leite é satisfatório para o produtor", assinalou Bergoli.

O trabalho terá dois pontos fundamentais de sustentação: avançar na qualidade da alimentação dada ao gado e melhoramento genético dos animais. "Não podemos depender apenas da chuva para alimentar os animais. Aqui no Estado, no período de seca (entre maio e setembro), a produção de leite chega a encolher 50%. Temos que avançar, há muito para fazer".

O secretário quer espalhar o sistema de Compost Barn pelo Espírito Santo. Trata-se de um modelo avançado de confinamento de animais de alta produtividade. Ali eles estarão em um ambiente (um galpão) higiênico e com eficiência de manejo e alimentação. Por não ser necessário um espaço muito grande, é ideal para pequenas propriedades, que é uma característica do Estado. "A ideia é montar uma linha de crédito específica no Bandes para ajudar no financiamento dessas unidades", explicou o secretário.

A Nater Coop, uma das maiores cooperativas do Estado, pretende colocar de pé, no ano que vem, em Nova Venécia, um condomínio leiteiro com essa tecnologia. Será de maior porte (investimento de R$ 60 milhões que será feito em quatro fases), mas a ideia é a mesma.

Hoje, no Espírito Santo, a produção de leite não chega a 1 milhão de litros por dia. Enquanto isso, a capacidade dos laticínios instalados no Estado quase chega aos 2 milhões de litros diários. 

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