Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 10:16
- Atualizado Data inválida
O YouTube encerrou na noite desta quarta-feira (3) o canal bolsonarista Terça Livre, removendo-o da plataforma. >
O canal do jornalista Allan dos Santos, que chegou a ter 1,1 milhão de seguidores, havia sofrido duas advertências ("strikes") do YouTube por violar as regras da plataforma.>
Allan dos Santos é alvo de investigações da Polícia Federal no âmbito do inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também teve sua conta no Twitter suspensa no ano passado.>
No YouTube, quando um canal sofre a segunda advertência, os donos não podem subir vídeos novos nem fazer lives durante uma semana. Um dos vídeos voltava a apontar supostas fraudes nas eleições presidenciais nos Estados Unidos.>
>
Uma das regras do You Tube se refere à "política de integridade da eleição presidencial" e gera advertências para vídeos que contêm alegações falsas sobre pessoas mortas votando na eleição americana, falhas nas máquinas de votação que teriam mudado os votos, outra afirmação mentirosa, e também de cédulas falsas.>
Outro vídeo foi alvo de advertência por violar a regra do YouTube que proíbe conteúdo que seja "incitação para que outras pessoas cometam atos violentos contra indivíduos ou um grupo definido de pessoas".>
Em texto em seu site, o canal afirmava que havia sofrido "strike" por conteúdo relacionado a "organizações criminosas violentas".>
O Terça Livre estava sob advertência e criou um canal reserva para burlar as sanções e publicar conteúdo novo. Isso levou ao encerramento do canal pelo YouTube.>
Em vídeo postado em um canal reserva na plataforma na noite desta terça-feira (2), um apresentador se queixava de que o Terça Livre estava impossibilitado de subir novos conteúdos porque havia recebido um "strike" e pedia doações por meio de QR code para que a receita do canal não fosse interrompida. O canal reserva, porém, também foi derrubado.>
Em comunicado em seu site, o Terça Livre informou que o YouTube havia encerrado os dois canais nesta quarta-feira e atribuía a medida à campanha do "grupo de ativismo pró-censura" Sleeping Giants, que pressiona anunciantes e plataformas.>
Procurado pela Folha, o YouTube enviou nota afirmando que todos os conteúdos "precisam seguir nossas diretrizes de comunidade" e que a plataforma "se reserva o direito de restringir a criação de conteúdo de acordo com os próprios critérios".>
"Caso uma conta tenha sido restringida na plataforma ou impossibilitada de usar algum dos nossos recursos, o criador não poderá usar outro canal para contornar essas penalidades.">
"Essa regra se aplicará a todo o período em que a restrição estiver ativa. Consideramos a violação dela um descumprimento dos nossos Termos de Serviço, o que pode levar ao encerramento da conta", acrescenta a nota do YouTube.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta