Publicado em 2 de abril de 2025 às 09:21
Na tarde desta terça-feira (1º), o Conselho Universitário da Unicamp aprovou por unanimidade a implementação de cotas para pessoas trans, travestis e não binárias. A reserva dessas vagas é destinada aos vestibulandos que tentarem ingressar na universidade pelo Enem, e não por meio da prova tradicional aplicada pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest). >
Para cursos com até 30 vagas regulares, ao menos uma vaga -seja ela regular ou adicional- deverá ser reservada para pessoas pertencentes a esse grupo.>
Nos casos de cursos com 30 vagas ou mais, duas vagas -regulares ou adicionais- deverão ser reservadas para pessoas que se autodenominam trans. Os cursos que não optarem pela criação de vagas adicionais deverão subtraí-las do número de matrículas destinadas à ampla concorrência pelo ingresso via Enem.>
Para os cursos com duas vagas reservadas, uma delas deverá ser preenchida por um aluno autodenominado trans e que também seja preto, pardo ou indígena.>
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As vagas serão disponibilizadas no edital Enem-Unicamp e vão permitir a participação tanto de candidatos de escolas públicas quanto de particulares.>
Além da autodeclaração na inscrição do vestibular, os alunos que forem aprovados deverão apresentar um relato de vida, que será submetido a uma comissão de verificação.>
A proposta levada ao Conselho Universitário foi criada com a participação de movimentos sociais, como o Ateliê TransMoras -localizado na moradia estudantil da Unicamp- e o NCT (Núcleo de Consciência Trans), discentes da Unicamp e a reitoria. Após cinco anos da abertura das primeiras vagas, será realizada uma análise dos resultados da política.>
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