Publicado em 2 de outubro de 2020 às 15:57
A cidade de São Paulo completou 18 semanas com redução no número de mortes causadas pela Covid-19, afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB) durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (2). >
De acordo com Covas, a cidade caminha para a fase verde do Plano SP, elaborado pelo governo do estado para a reabertura. "As curvas de casos e óbitos mostram que continuamos a regredir [os números], apesar do processo de flexibilização. A maioria da população continua a respeitar os protocolos sanitários", disse.>
Na fase verde, comércio, academias de ginástica e salões de beleza podem funcionar sem limitação de horário, ainda que com público reduzido a 60% da capacidade total. Protocolos sanitários seguem obrigatórios.>
Nas últimas semanas, as mortes registradas por dia ficaram abaixo de 40 ocorrências, patamar semelhante ao do mês de março. No momento mais crítico da pandemia na cidade, entre maio e junho, a cidade chegou a ter mais de 100 mortes diariamente.>
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Em todo o Estado de São Paulo a ocupação de leitos de UTI segue em queda. Segundo o secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, 44% dos leitos no estado estão ocupados na rande São Paulo, a taxa é de 42,6%.>
De acordo com o secretário, na última semana houve queda de 6% nas mortes e de 20% nos novos casos da doença em relação à semana anterior.>
O governador João Doria (PSDB) anunciou ainda que os primeiros documentos que vão possibilitar o registro da vacina CoronaVac na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já começaram a ser enviados para a instituição por meio de um novo processo criado para agilizar a obtenção do registro de uma vacina contra o novo coronavírus.>
O novo processo de submissão contínua para pedido de registro da vacina permite o envio e a análise dos documentos tão logo estejam disponíveis, até que o pedido formal seja feito.>
A CoronaVac é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e testada no Brasil pelo Instituto Butantan, que tem um acordo com a empresa para produzir e distribuir a imunização no país.>
Na quinta-feira (1º), a Anvisa já havia iniciado a análise parcial dos dados do teste clínico com a vacina britânica, que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a biofarmacêutica AstraZeneca. O governo federal tem um acordo com as instituições para testar e produzir a vacina com a estrutura da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Rio.>
Em entrevista coletiva na quarta-feira (30), Doria disse que pretende iniciar a vacinação dos grupos prioritários em dezembro deste ano. A corrida pela imunização preocupa cientistas, que afirmam que uma vacina distribuída a população sem ter resutados robustos de testes clínicos pode não fornecer a proteção necessária contra a doença e ainda gerar uma sensação de falsa segurança.>
A CoronaVac tem o aval da Anvisa para ser testada em 13 mil pessoas no país. Doria anunciou que os resultados preliminares da última fase de testes clínicos devem estar disponíveis ainda em outubro.>
Segundo Gorinchteyn, os critérios técnicos sobre quais devem ser os grupos prioritários da vacina serão definidos pelo Instituto Butantan e pelo Ministério da Saúde após a divulgação dos resultados dos estudos. Profissionais da saúde e pessoas mais suscetíveis a desenvolver a forma grave da Covid-19 devem integrar o grupo.>
Dimas Covas, diretor do Instituo Butantan, lembrou que os problemas de logística devem ser levados em consideração em um futuro plano de vacinação. "Para que a vacina atenda o país, tem que ter uma logística que preveja a chegada da imunização nas pontas. Ela precisa ser transportada de forma adequada", afirmou.>
De acordo com o diretor do Butantan, a CoronaVac pode ser transportada em temperatura de geladeira (de 2ºC a 8ºC), o que facilita sua distribuição pela rede. Mas há outras imunizações em teste no país que dependem de temperaturas mais baixas. "O SUS e a rede de logística não estão preparados para transportar uma vacina que precise de temperaturas abaixo de -20ºC", concluiu.>
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