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Rio tem praias lotadas e aglomeração no segundo dia do feriadão

Rio tem praias lotadas e aglomeração no segundo dia do feriadão

Cariocas e turistas voltam a ocupar areias das praias com cadeiras e barracas, desrespeitando as regras de distanciamento; a reportagem não viu nenhuma fiscalização

Publicado em 6 de setembro de 2020 às 16:44

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RIO DE JANEIRO,RJ,06.09.2020:PRAIA-IPANEMA-MOVIMENTAÇÃO - Movimentação na Praia de Ipanema no Rio de Janeiro, (RJ), na manhã deste domingo (06)
Movimentação na Praia de Ipanema no Rio de Janeiro, (RJ), na manhã deste domingo (06). (Gabriel Bastos/Futura Press/Folhapress)

O sol e a temperatura de 27 graus ao meio-dia garantiram neste domingo (6) mais um dia de praias lotadas e desrespeito às regras de isolamento que ainda vigoram no Rio de Janeiro, como forma de combater a Covid-19. A reportagem circulou pela Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e por Ipanema e Copacabana, na Zona Sul, e constatou que todas estavam repletas de banhistas, como já havia ocorrido no fim de semana passado e ontem (5), primeiro dia do fim de semana prolongado pelo feriado de Dia da Independência, que será comemorado nesta segunda (7).

Permanecer na areia da praia está proibido desde março. A multa para quem desrespeitar a regra é de R$ 107, mas a reportagem não viu nenhuma fiscalização nem flagrou a aplicação de multas. Até ontem, 16.526 pessoas haviam morrido vítimas da covid-19 em todo o Estado do Rio, onde foram registrados 232.747 casos. Os dados são da Secretaria estadual de Saúde.

Em Copacabana, nem era preciso chegar à praia para concluir que ela estava lotada: durante a manhã, a porta da Estação Cardeal Arcoverde do metrô despejava a cada cinco minutos pelo menos uma centena de banhistas munidos de caixas térmicas, guarda-sóis e cadeiras. Ao longo dos 45 minutos em que a reportagem acompanhou o movimento, das 11h30 às 12h15, aproximadamente a metade das pessoas usava máscara. Outros 25% bebiam cerveja e os 25% restantes não usavam máscara nem demonstravam preocupação em não usá-las.

Os camelôs que ocupavam as calçadas da Rua Rodolfo Dantas ao longo dos 150 metros que separam a estação de metrô da areia comemoravam o movimento: "Passei quase seis meses sem vender nada, amigo. Preciso desse movimento pra garantir a sobrevivência", afirmou o ambulante Emerson Sanches, de 31 anos, que vende balas, amendoins e outras guloseimas a poucos metros da saída do metrô.

"A gente depende desse movimento. Durante a semana, o movimento não é ruim, mas a gente consegue ganhar dinheiro mesmo é no sábado, domingo e nesses feriados de sol e calor. Ainda bem que tudo voltou ao normal", disse a dona de um restaurante na Rua Rodolfo Dantas. Naquele momento, 8 das 11 mesas do estabelecimento comercial estavam ocupadas. Sobre a Covid-19, a comerciante foi incisiva: "Não quero nem pensar nisso!"

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