Publicado em 15 de abril de 2021 às 19:33
- Atualizado há 5 anos
Em meio ao risco de desabastecimento de medicamentos usados na intubação de pacientes com Covid em UTIs em alguns estados, o Ministério da Saúde disse nesta quinta-feira (15) que fará a distribuição em até 24h de medicamentos doados por empresas privadas. O volume deve garantir o abastecimento por 10 a 15 dias, segundo a pasta.>
A previsão é que 2,3 milhões de unidades desses medicamentos cheguem ao aeroporto de Guarulhos na noite desta quinta e sejam entregues aos estados até sexta (16).>
Os medicamentos foram doados por um grupo de empresas formado por Petrobras, Vale, Engie, Itaú Unibanco, Klabin e Raízen.>
Segundo o ministro Marcelo Queiroga, além do volume doado por empresas, a pasta negocia receber, "em curto prazo", medicamentos de outros países, como a Espanha, para o que chamou de "situação de emergência". Também finaliza uma compra junto à Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).>
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O ministro não detalhou o volume previsto para a oferta, tampouco o prazo de entrega.>
O anúncio ocorre após o governo de São Paulo enviar um ofício ao Ministério da Saúde, na terça (13), afirmando que precisava receber medicamentos do kit intubação em 24 horas para repor estoques.>
No documento, o secretário de Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, diz que a situação do abastecimento de parte desses medicamentos "está gravíssima, isto é, na iminência do colapso" e que podem faltar medicamentos já "a partir dos próximos dias" caso nada seja feito.>
Aponta ainda ter enviado diferentes pedidos ao ministério ao longo de 40 dias, "sem retorno".>
Secretários do ministério negaram atrasos e disseram ter enviado 500 mil unidades ao estado neste ano, sem informar a data dos envios.>
Questionado se a pasta não poderia ter adotado medidas mais cedo, o ministro disse que cabe aos estados "também procurar os medicamentos" e defendeu o que chamou de "obrigação compartilhada".>
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