Publicado em 8 de agosto de 2022 às 19:07
BRASÍLIA - A Procuradoria-Geral da República (PGR) sugeriu nesta segunda-feira (8) uma audiência de conciliação entre o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-senador Magno Malta (PL-ES). Se não houver acordo, o órgão defendeu a abertura de um processo contra o ex-senador pelo crime de calúnia.>
A manifestação foi enviada em uma queixa-crime movida pelo ministro do STF. Barroso disse ter sido caluniado depois que o pastor afirmou que ele "batia em mulher".>
"Ele tem dois processos no STJ (Superior Tribunal de Justiça), na Lei Maria da Penha, de espancamento de mulher. Além de tudo, Barroso batia em mulher. Eu só falo o que eu posso provar. Esse cidadão, posudo, que dá palestra no exterior de como se pode tirar um presidente da República do poder", disse o ex-senador em palestra transmitida ao vivo pelas redes sociais no congresso conservador CPAC Brasil, em junho.>
A PGR afirma que, nas ações penais privadas por crimes contra a honra, o procedimento padrão previsto na legislação é audiência de conciliação antes da análise da queixa-crime. "A aludida audiência não é facultativa, sob pena de nulidade do processo", argumenta.>
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A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, que assina o documento, adianta que, se não houver acordo entre o ministro e o pastor, vê elementos para que Magno Malta seja processado.>
"A liberdade de expressão é um direito individual de índole constitucional, porém de natureza relativa, não servindo de escudo para a prática de infração penal", diz outro trecho da manifestação.>
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