> >
PF  vê crime de Bolsonaro por associar Aids à vacina contra a Covid

PF  vê crime de Bolsonaro por associar Aids à vacina contra a Covid

Relatório da Polícia Federal enviado ao STF diz que presidente "encorajou" a população a descumprir medidas sanitárias contra o novo coronavírus

Publicado em 17 de agosto de 2022 às 20:28

Ícone - Tempo de Leitura 1min de leitura

BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) disse nesta quarta-feira (17) que vê indícios de crime do presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar a vacina contra a covid-19 ao risco de desenvolver o vírus da Aids.

A afirmação consta no relatório parcial da investigação enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela delegada Lorena Lima Nascimento.

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), durante solenidade em Brasília
Jair Bolsonaro disse em live, no ano passado, que a população do Reino Unido estaria desenvolvendo a Aids após se vacinar contra a Covid. (Isac Nóbrega/PR)

De acordo com o documento, os elementos reunidos até o momento apontam para os delitos de incitação ao crime e de provocar alarma a terceiros.

O presidente disse, em live no dia 21 de outubro de 2021, que a população do Reino Unido estaria "desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida [Aids]" após a imunização completa contra o novo coronavírus.

Na mesma transmissão ao vivo, Bolsonaro afirmou, citando um suposto estudo atribuído ao imunologista Anthony Fauci, que "a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara". Na época, as máscaras eram obrigatórias em locais públicos.

A PF diz que, ao espalhar informações falsas, o presidente "encorajou" a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra o novo coronavírus e gerou alarde "anunciando perigo inexistente". O relatório afirma ainda que Bolsonaro agiu de "forma direta, voluntária e consciente".

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais