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Pacote anticrime: Bolsonaro defende policiais que matam em serviço

Pacote anticrime: Bolsonaro defende policiais que matam em serviço

Presidente disse que "autos de resistência", quando um policial mata alguém a serviço, é sinal de que ele está trabalhando bem

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 20:05

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Jair Bolsonaro, presidente da República. (Isac Nóbrega/PR)

No lançamento de campanha publicitária para aprovação do pacote anticrime, o presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira, 3, que registros de mortes por “autos de resistência” são sinais de que os policiais trabalham.

"Muitas vezes a gente vê um policial ser alçado para uma função e a imprensa dizer: 'tem 20 autos de resistência'. Tinha de ter 50. É sinal de que trabalha. Que faz sua parte e que não morreu”, disse Bolsonaro. Autos de resistência são mortes enquadradas como consequência da atividade do policial, como uma reação para legítima defesa.

O presidente afirmou ter certeza de que haverá consentimento para aprovação do pacote proposto pelo Executivo, mas reconheceu que o governo sofreu “alguns reveses”. 

“Devemos entender que não pudemos mudar de hora pra outra o rumo de transatlântico que, há no mínimo 30 anos, está no caminho errado”, disse Bolsonaro.

Apresentado em fevereiro deste ano como carro-chefe do projeto do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para combate ao crime, o pacote sofreu derrotas em grupo de trabalho de deputados, como a derrubada de dispositivo sobre excludente de ilicitude. O plano "Pacote Anticrime. A lei tem que estar acima da impunidade” é o slogan da campanha, que terá vídeos de 30 segundos com depoimentos reais.

O presidente afirmou que o governo está “vagarosamente” conseguindo vencer a “guerra de informações” sobre segurança no País. Moro afirmou na cerimônia que, no governo Bolsonaro, o Brasil não será mais “paraíso para criminosos”.

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Segundo o ministro, o pacote é uma aspiração importante da sociedade brasileira. “Há não muito tempo havia certa percepção de que vivíamos em terra sem lei e sem Justiça”, disse ele. Para o ministro, o País vivenciou “principalmente” nos últimos cinco anos “revelações de um grande sistema de corrupção que gerava incredulidade até daqueles que tinham conhecimento destes fatos”.

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