Publicado em 1 de dezembro de 2020 às 20:21
O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira, 1°, que os dados de desmatamento registrados na Amazônia foram "menos pior" do que o previsto neste ano. Em conversa com jornalistas pela manhã, Mourão afirmou que a estratégia do governo de combate a crimes ambientais está "dentro do programado" e que não há planos de uma reavaliação.>
"Estamos com uma tendência de queda (do desmatamento) desde maio quando a gente iniciou a Operação (Verde Brasil). A expectativa é que ia dar 20% acima do ano passado. Então, deu 9,6% e nós temos de continuar na pressão", disse. Na segunda, durante visita de Mourão, o governo divulgou que o desmatamento da Amazônia teve uma alta de 9,5% no último ano, de acordo com estimativa do Prodes, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).>
Entre agosto de 2019 e julho deste ano, a devastação da floresta alcançou 11.088 km², ante os 10.129 km² registrados nos 12 meses anteriores. "Vamos dizer o seguinte. Foi menos pior, essa é a realidade. Podia ser pior ainda", avaliou Mourão.>
Segundo o vice-presidente, há uma tendência de redução em 50% do desmatamento em novembro comparado com o mesmo período do ano passado. Ele destacou que objetivo do governo é que "só haja o desmatamento dentro da legislação, aquele que é os 20% dentro da propriedade", sem que isso ocorra em unidade de conservação, terras indígenas ou terras públicas.>
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"O que estamos fazendo está dentro do programado. Tem coisas que eu não consegui resolver ainda. Regularização fundiária vocês já me viram falar aqui 500 vezes e eu não consegui avançar. Já falei, é minha responsabilidade e eu tenho eu dar um jeito nisso aí", continuou.>
Mourão comentou ainda sobre a necessidade de aumento do efetivo do Ibama. Ele disse que o assunto é responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente, que deve negociar com a área econômica do governo. Apesar da ressalva, opinou que uma alternativa seria a contratação de agentes temporários.>
"Isso é responsabilidade do Meio Ambiente, que tem de discutir com a Economia. Economia está vivendo as dificuldades relativas à questão fiscal, nós não temos nem Orçamento, então vamos ver como é que a gente resolve. A solução paliativa é contratação de gente temporária", declarou.>
Mourão comentou ainda que Ricardo Salles, do Meio Ambiente, foi convidado para estar na segunda-feira na divulgação dos dados do Inpe, mas por ter sido uma agenda "de última hora" ele não pôde comparecer.>
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