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Homem mata ex-companheira e a mãe dela a facadas em SP

Homem mata ex-companheira e a mãe dela a facadas em SP

Bruna Freitas Santos, de 29 anos, e a mãe dela foram mortas na casa do ex-companheiro; a prisão preventiva do suspeito foi solicitada pela polícia

Publicado em 12 de setembro de 2025 às 15:08

Bruna Freitas Santos, de 29 anos, e a mãe foram mortas pelo ex-companheiro da jovem em SP
Bruna Freitas Santos, de 29 anos, e a mãe foram mortas pelo ex-companheiro da jovem em SP Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Um homem matou a facadas a ex-companheira e a mãe dela em frente à casa dele, em Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, na noite de quarta-feira (10), segundo a polícia, que pediu a prisão preventiva (sem prazo) de Bruno Rocha Campos, suspeito pelo crime, e ainda tenta localizá-lo. Ele teve um relacionamento com Bruna Freitas Santos, 29, com quem teve uma filha, por um ano, mas estavam separados desde janeiro, segundo a investigação. A reportagem não localizou a defesa de Campos.

Bruna teria ido até a casa do ex-companheiro após ele fazer uma ligação exigindo que ela fosse buscar a filha deles, de quatro meses, sob ameaça de matar a bebê, segundo a polícia. Com medo, Bruna pediu a companhia da mãe, Claudinéia Santos, 54, para ir até o local, na rua Cachoeira do Campo Grande.

Ao chegarem à casa de Bruno, elas teriam sido atacadas por ele, que fugiu do local, segundo a investigação. Feridas, Bruna e a mãe ainda teriam tentado buscar ajuda. Frequentadores de uma adega a cerca de 50 metros da casa do suspeito acionaram a polícia e também o socorro. Bruna morreu durante o transporte, e a mãe dela, Claudinéia, chegou a ser internada no Hospital Santa Marcelina, mas também não resistiu.

O caso foi registrado na 8ª Delegacia de Defesa da Mulher, que investiga o caso. De acordo com a polícia, a bebê agora está sob os cuidados da família materna. Bruna e Claudinéia estão sendo veladas na manhã desta sexta-feira (12) na Vila Formosa.

Este não teria sido o primeiro episódio de violência. Ainda grávida, Bruno teria ameaçado atropelar a ex-companheira, segundo a polícia. Na residência do suspeito foram apreendidos a faca que teria sido usada no crime, além de uma escova de dentes de Bruno, para análise de material genético, e uma carabina de pressão.

"Sempre orientamos vítimas [de violência] ou familiares, amigos e pessoas próximas que fiquem atentos aos primeiros sinais, como pequenas lesões, violência psicológica, constrangimento, humilhação e a privação de contato com terceiros, de frequentar trabalho e tentativas reiteradas de ofensa", disse à Folha a delegada Gabriela Duó, da 8ª Delegacia da Mulher de São Mateus.

A comunicação com a polícia pode levar à concessão de uma medida protetiva, diz a policial, para que, se for o caso, a aproximação leve à prisão do agressor. "Infelizmente, sabemos que algumas mulheres vivem um ciclo de violência e podem não acreditar que o companheiro possa consumar este tipo de conduta."

Feminicídios têm registrado alta na capital. De janeiro a julho deste ano, foram 39 vítimas, com alta de 39% ante os 28 óbitos contados no mesmo período de 2024.

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