Publicado em 23 de abril de 2020 às 21:22
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, fez uma crítica dura à atuação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e disse que seu secretário de segurança no DF, Anderson Torres, que é amigo do presidente Jair Bolsonaro, seria um ministro 100 vezes melhor do que o ex-juiz da Lava Jato. >
Em entrevista ao Estado, Ibaneis disse que "Moro nunca fez nada" desde que chegou ao ministério e que seria melhor que voltasse para as investigações de corrupção.>
"Ele nunca fez nada. Como ministro, não fez nada. Foi um grande erro do presidente. Moro está fazendo um péssimo trabalho", disse o governador, que se aproximou mais do que nunca do Palácio do Planalto, tendo sido o único governador em todo País a ter participado, a convite de Bolsonaro, da coletiva sobre o avanço da pandemia do coronavírus, na última quarta-feira, 22.>
Segundo Ibaneis, o secretário de segurança no DF, Anderson Torres, lhe disse que não recebeu nenhum convite até agora para assumir qualquer posto no governo, mas a chefia da Polícia Federal, segundo o ministro, "seria pouca coisa" para o seu secretário.>
>
"Anderson é fiel a mim e muito próximo do presidente. Ele me disse que, até o momento, não recebeu nenhum convite, então não recebeu. Se for para ele ir para a Polícia Federal, vou ter alguma divergência. Mas se para o Ministério da Justiça, aí ele tem que ir", disse Ibaneis.>
Sobre a postura do governo, que correu para aplacar os ânimos e manter Sergio Moro no governo, Ibaneis disse que "já passou da hora" de demitir o ministro da Justiça e que Bolsonaro "precisa parar de usar uma Bic", e passar a usar uma "Montblanc", em referência à grife de canetas mais caras do mundo.>
"O presidente tem que exonerar essa turma, tem que usar logo uma Montblanc, e não uma Bic. Nomeado cumpre ordem. Cadê o Moro? Ele sumiu, ficou escondido, esperando a crise para aparecer depois como estrela", disse o governador.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta