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Genial/Quaest: governo Lula tem 31% de avaliação positiva e 38% de negativa

Genial/Quaest: governo Lula tem 31% de avaliação positiva e 38% de negativa

Diferença entre avaliações negativas e positivas da administração federal chega a 7 pontos; retratação de petista em fala sobre traficantes e debate sobre segurança marcaram período

Publicado em 12 de novembro de 2025 às 10:35

SÃO PAULO - Nova rodada da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta (12), mostra que 31% dos brasileiros avaliam o governo Lula (PT) como positivo, enquanto 38% o consideram negativo. Outros 28% classificam a gestão como regular, e 3% não souberam responder.

As oscilações estão dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, mas inverteram numericamente a curva em relação a outubro, quando o petista havia registrado 33% de avaliação positiva e 37% de negativa. A diferença entre os dois indicadores, que estava empatada no limite máximo da margem, voltou agora para 7 pontos percentuais.

Presidente Lula durante discurso na Cúpula do Clima, em Belém Crédito: Bruno Peres/Agência Brasil

Foram realizadas 2.004 entrevistas presenciais entre 6 e 9 de novembro, em 120 municípios, distribuídos por todas as regiões do país.

A aprovação pessoal ao trabalho do presidente é de 47%, e a desaprovação, de 50% — diferença que configura empate técnico. Em outubro, 48% aprovavam e 49% desaprovavam.

A aprovação segue melhor no Nordeste (59%), entre os que cursaram até o ensino fundamental (55%) e entre os que ganham até dois salários mínimos (54%). A desaprovação é mais alta entre evangélicos (58%).

A pesquisa mostra que 49% dos entrevistados acreditam que Lula não é bem-intencionado, enquanto 44% afirmam o contrário. Em relação ao cumprimento das promessas de campanha, 63% dizem que o presidente não tem conseguido cumpri-las, e 32% acreditam que sim.

Para 46% dos brasileiros, as notícias sobre o governo têm sido mais negativas. Outros 29% dizem perceber mais notícias positivas, e 22% afirmam não ter visto notícias a respeito da gestão.

Os números foram divulgados na esteira de repercussões após a operação policial que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. O tema da segurança pública ganhou centralidade nas últimas semanas e passou a dominar o debate político. Diante da repercussão, o governo federal e aliados petistas tentam disputar espaço nesse campo, historicamente associado à direita.

57% discordam de Lula sobre operação no RJ ter sido desastrosa

Uma das declarações que mais repercutiram foi a de que "traficantes também são vítimas dos usuários", feita por Lula. Após a reação negativa, o presidente se retratatou em publicação no X, dizendo ter feito "uma frase mal colocada".

Segundo a pesquisa, 81% dos brasileiros discordam da afirmação de que traficantes são vítimas dos usuários, enquanto 14% concordam. Para 51%, a frase representou uma opinião sincera de Lula; 39% consideram que foi um mal-entendido.

O petista classificou posteriormente a operação como "desastrosa". Discordam de Lula neste ponto 57%, enquanto concordam 38%.

Violência no Rio escalona rapidamente. Mais de 50 corpos foram deixados em praça, na Penha
Violência no Rio escalona rapidamente. Mais de 50 corpos foram deixados em praça, na Penha Crédito: Reuters/Folhapress

Sobre a união de governadores de direita que anunciaram um consórcio para combater o crime organizado após a operação no Rio, 47% dos entrevistados veem uma ação política. Outros 46% acreditam que pode efetivamente ajudar a reduzir a violência. A pesquisa mostra que 3% veem as duas coisas.

Entre os integrantes do grupo, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) é apontado por 24% como quem melhor se saiu até agora. Em seguida aparecem Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com 13%; Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), com 11%; Romeu Zema (Novo-MG), com 5%; Jorginho Mello (PL-SC), com 3%; Celina Leão (PP-DF) e Eduardo Riedel (PP-MS), ambos com 2%. Outros 9% disseram que nenhum deles se destacou, e 31% não souberam responder.

Uma parcela de 67% dos participantes diz aprovar a operação, contra 25% que a desaprovam. Mais 67% acham que a polícia não exagerou no uso da força empregada, contra 29% que pensam que sim. Não gostariam que uma ação similar acontecesse em seu estado 55%, contra 42% que gostariam.

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios entre 6 e 9 de novembro de 2025. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Margens por grupo (em pontos percentuais):

  • Escolaridade: até ensino fundamental (4), ensino médio completo (3), superior completo (4)
  • Renda: até 2 salários mínimos (4), de 2 a 5 (3), mais de 5 (4)
  • Religião: católicos (3), evangélicos (4)
  • Região: Sudeste (3), Nordeste (4), Sul (6), Centro-Oeste/Norte (5)

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