Publicado em 24 de outubro de 2019 às 08:45
Uma dos primeiros alvos da máquina de moer aliados que virou o governo Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz defende uma perícia para identificar os responsáveis pela existência de uma suposta "milícia digital" ligada ao Palácio do Planalto.>
"Sobre comportamento de uma milícia na internet e nas redes sociais, mais do que uma opinião, uma análise de peritos qualificados pode trazer dados mais concretos", declarou à reportagem.>
Santos Cruz, que ocupava o cargo de ministro da Secretaria de Governo, foi demitido em junho após um longo processo de atrito com o chamado núcleo ideológico do governo, capitaneado pelo filósofo Olavo de Carvalho.>
A exemplo da ex-líder do governo Joice Hasselmann (PSL-SP), Santos Cruz se diz vítima de ataques coordenados em redes sociais, que incluiriam fake news. Ele atribui a isso, em parte, sua queda.>
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"O que aconteceu comigo é público. Foi fabricado um diálogo falso, em que eu e um interlocutor falávamos mal do presidente e de seus filhos", afirmou. Ele se refere a uma conversa falsa divulgada nas redes sociais em maio, em que criticaria Bolsonaro e um dos filhos do presidente (não especificado).>
O ex-ministro entrou na lista de possíveis testemunhas da CPI das Fake News e deixou claro que irá caso seja chamado. "Qualquer cidadão ou autoridade, quando chamado por uma comissão de parlamentares, tem obrigação de responder e prestigiar a solicitação. Se for convidado, falo sobre minha experiência pessoal, sem suposições", disse.>
Ele diz, no entanto, não ter informações sobre a existência de um "gabinete do ódio" no Palácio do Planalto, formado por três assessores presidenciais.>
Na segunda (21), Santos Cruz foi criticado no Twitter pelo vereador Carlos Bolsonaro, por dizer que foi alvo de uma milícia digital. "Quem seria essa milícia digital a que este tal Santos Cruz se refere? Mais um (x) revoltad (x)!". O general limitou-se a responder com um "#semcomentários".>
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