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Equipe de Lula reduz vermelho e inclui azul e amarelo em peças de campanha

Equipe de Lula reduz vermelho e inclui azul e amarelo em peças de campanha

Tom vermelho característico do PT  é mesclado com cores da bandeira brasileira em materiais como adesivos e panfletos

Publicado em 8 de agosto de 2022 às 20:00

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  • Catia Seabra e Victoria Azevedo

SÃO PAULO - Em mais um movimento ao centro, a equipe de comunicação em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou ao conselho político os primeiros materiais da campanha do petista – neles, o vermelho característico do PT é reduzido.

A exemplo da identidade visual da pré-campanha, o vermelho é mesclado com outras cores da bandeira brasileira. Agora, em algumas peças como adesivos e panfletos, a cor azul ganhará mais destaque.

Segundo aliados do ex-presidente, o nome de Lula aparecerá em um fundo da cor vermelha, enquanto o de Geraldo Alckmin é destacado sobre um da cor verde.

Lula Gleisi Alckmin
Candidato à Presidência, Lula exibe materiais de campanha ao lado do vice na chapa, Geraldo Alckmin e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. (Ricardo Stuckert / PT)

Ainda de acordo com relatos, também há detalhes na cor amarela, mas as peças serão ilustradas majoritariamente de tons azuis. Além da própria bandeira do Brasil, as cores azul e amarela são associadas ao PSDB, partido ao qual Alckmin, que será vice de Lula, foi filiado.

O mote da pré-campanha, até então, era "juntos pelo Brasil", numa tentativa de agregar à imagem de amplitude da candidatura. Concluída a costura da aliança em torno do nome de Lula, a campanha ganha um novo momento, assim como um novo mote: "o Brasil da esperança está voltando".

A coligação de Lula reúne nove partidos: PT, PSB, PSOL, Rede, PC do B, PV, Solidariedade, Avante e Agir.

A apresentação da coordenação de comunicação ocorreu em reunião do conselho político da campanha de Lula em São Paulo, nesta segunda (8).

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), também foi exibida uma peça em vídeo atribuindo a Lula a gênese dos programas sociais no Brasil.

Ainda de acordo com ele, a obra irá mostrar que o auxílio de R$ 600 do governo Jair Bolsonaro (PL), num eventual governo Lula, será permanente, acompanhado de uma rede de proteção social. "Quem inventou programa social no Brasil foi o Lula", diz Randolfe.

"Queremos deixar claro que esse auxílio do Bolsonaro tem data marcada para acabar e só aconteceu nesse valor por conta da campanha eleitoral, por medo do Lula. Porque se ele realmente tivesse compromisso com as pessoas ele já teria alterado esse valor de R$ 600", afirmou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

Na reunião também foram discutidos temas como agenda e mobilização. Para oficializar o início do período eleitoral, a campanha prepara uma série de eventos pelo país no próximo dia 16.

De acordo com Gleisi, o ex-presidente Lula deverá participar de alguma atividade em São Paulo na data –entre as opções está a possibilidade de ele ir à porta de alguma fábrica ou de participar de uma caminhada.

"Estamos orientando que a campanha seja colocada na rua. Que a gente tenha as nossas banquinhas, que já são tradicionais, com material visual. Tem gente que quer fazer caminhadas, pequenos atos. Vamos estimular isso, é importante porque é campanha de rua, é a campanha que a gente sempre fez", diz.

A parlamentar diz ainda que é preciso que a campanha "seja assumida pelo povo" e que ela deve ocorrer "apesar de Lula" –com capilaridade em municípios e estados.

Já estão marcados dois comícios na próxima semana: no dia 18, em Belo Horizonte, Minas Gerais; e no dia 20, em São Paulo. Ainda nesta semana deverá ser fechada a data para um evento no Rio de Janeiro.

Ao ser questionada pela imprensa, Gleisi afirmou que a campanha não irá convocar a militância para participar de atos no dia 7 de Setembro.

"Não vamos fazer manifestação, nenhuma convocação. É uma data cívica, 200 anos da Independência, nós vamos participar como sempre participamos, acompanhando as atividades. Nossa militância participa sempre do Grito dos Excluídos e os movimentos sociais estão organizando [um ato] para o dia 10", disse.

Ela afirmou ainda que não está definido se o ex-presidente Lula participará do ato no dia 10.

O senador Randolfe Rodrigues afirmou também que Lula deverá participar dos debates presidenciais da TV Bandeirantes e da Globo. "Neste momento aponta para a presença [de Lula] no debate da TV Bandeirante e no da TV Globo. Vamos avaliar no dia a dia para ver se Bolsonaro irá. Com ausência dele, nós vamos avaliar."

Participaram da reunião o ex-governador Geraldo Alckmin, que será vice de Lula, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, casada com Lula, os deputados federais Rui Falcão (PT-SP), Marcio Macedo (PT-SE), José Guimarães (PT-CE) e Paulo Teixeira (PT-SP), o senador Randolfe Rodrigues, os ex-ministros Aloizio Mercadante, Luiz Dulci e Gilberto Carvalho e o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT).

Também estiveram presentes presidentes dos partidos que estão na coligação, entre eles o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, o presidente do PV, José Luiz Penna, e a presidente do PC do B, Luciana Santos.

O deputado André Janones (Avante-MG), que retirou a sua candidatura à Presidência para apoiar Lula, também participou.

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