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Vocês têm de olhar minhas ações, não assinar cartinha, diz Bolsonaro a banqueiros

Vocês têm de olhar minhas ações, não assinar cartinha, diz Bolsonaro a banqueiros

Em evento da Febraban, presidente critica adesão da federação dos bancos ao manifesto em defesa da democracia

Publicado em 8 de agosto de 2022 às 16:34

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SÃO PAULO - Na tentativa de se aproximar do setor financeiro em evento promovido nesta segunda-feira (8) em São Paulo pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os banqueiros precisam julgá-lo pelas suas ações. "Não assinar cartinha", alfinetou, em referência aos manifestos em defesa da democracia articulados em reação à ofensiva sem provas do governo sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro - e que contou com a assinatura de banqueiros.

"Vocês têm que olhar na minha cara, ver minhas ações e me julgar por aí. Não assinar cartinha, não vai assinar cartinha. Até para carta, mais do que política. A carta tem objetivo sério de voltar o País nas mãos daqueles que fizeram mal feitos conosco", afirmou o chefe do Executivo na Febraban, em crítica aos manifestos organizados por Fiesp e USP. "Quem quer ser democrata não tem que assinar cartinha, não", reiterou.

Bolsonaro defendeu-se e disse que nunca agiu contra a democracia "Mandei prender deputado?", questionou, em nova crítica ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou prisão de oito anos e nove meses ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) por ataques à democracia. O parlamentar, contudo, recebeu perdão presidencial menos de 24 horas depois da decisão. "Onde está a ditadura? Está no Executivo?", seguiu o chefe do Executivo, no evento com banqueiros.

Presidente Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro criticou manifestos organizados por Fiesp e USP. (Alan Santos / PR)

Bolsonaro deixou as dependências da Febraban, em São Paulo, acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes. Os dois participaram de almoço com representantes da indústria financeira.

O almoço durou cerca de duas horas. Bolsonaro, candidato à reeleição, esteve também acompanhado do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do ex-ministro da Ciência e Tecnologia e candidato ao Senado, Marcos Pontes (PL).

Antes de deixar o local, o presidente fez algumas selfies com apoiadores no hall do prédio e depois saiu pelo elevador privativo sem falar com a imprensa.

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