Publicado em 30 de setembro de 2021 às 16:45
O empresário bolsonarista Otávio Fakhoury reconheceu em depoimento à CPI da Covid que financiou o Instituto Força Brasil, que entrou no radar da CPI da Covid por ter tentado intermediar a negociação de vacinas contra a Covid-19. >
Fakhoury é vice-presidente do instituto, mas alegou que é uma posição "simbólica", sem atividades de gerenciamento. Estaria ocupando o cargo apenas por causa das doações que realizou.>
"O [coronel] Helcio [Bruno] já o tinha [conhecimento] de forma informal. No ano passado, ele me procurou porque queria formalizar o instituto e me apresentou os estatutos", afirmou.>
"Eu combinei, prometi fazer um aporte no instituto para custear, custear o instituto por um período até que ele estivesse operando e estivesse com a captação, estivesse com os membros para que ele pudesse andar por conta própria", completou.>
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Fakhoury ainda afirmou que não sabia quem seriam os responsáveis no instituto por publicações negacionistas.>
"O Instituto Força Brasil, a executiva, os executivos que o comandam ficam em Brasília. Eu tinha uma posição institucional em São Paulo, então, eu não participava da gestão de nada ou do dia a dia do instituto", completou.>
Fakhoury reconheceu que conhece algumas pessoas apontadas como integrantes do gabinete do ódio, entre elas o assessor internacional da Presidência, Filipe Martins. No entanto, afirmou que esse aparato não existe, "é um meme".>
Fakhoury disse que integrou um grupo em 2019 que teria como intuito discutir política e depois reportagens apontaram que se tratava de um gabinete que receberia ordens do Palácio do Planalto e que teria como objetivo denegrir adversários.>
"Eu não vi com as pessoas que conversei indícios disso", afirmou. "Se existe [um gabinete do ódio], eu não faço parte", declarou Fakhoury.>
Durante depoimento de Fakhoury, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), perguntou se o depoente iria retirar e pedir desculpas pelos ataques proferidos em redes sociais contra membros do colegiado.>
Mais cedo, o empresário foi confrontado pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) sobre um ataque homofóbico contra ele. Fakhoury então pediu desculpas.>
Quando Randolfe o inquiriu, o empresário afirmou que não iria se retratar e disse que os afetados poderiam recorrer à justiça para buscar reparação.>
O senador então pediu o compartilhamento das postagens do empresário e demais materiais denunciados pela comissão por "linguagem de ódio" para que sejam incluídos no inquérito das fake news, instaurado pelo Supremo Tribunal Federal.>
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