Publicado em 17 de junho de 2020 às 14:33
O estado de São Paulo bateu novo recorde de mortes nas últimas 24 horas ao atingir 389 mortes, e as aglomerações preocupam o governo João Doria (PSDB).>
Os dados foram apresentados no Palácio dos Bandeirantes, na zona oeste de São Paulo, em coletiva sobre medidas contra a pandemia.>
Semanalmente, às quartas, a gestão Doria faz um balanço do chamado Plano SP, que trata das ações de reabertura no estado. Dependendo dos índices que alcançarem, as regiões de SP podem tanto ser autorizadas a reabrir novos setores da economia quanto ser obrigada a fechar.>
Após o início da flexibilização, as ruas do estado lotaram de pessoas, que fizeram filas para entrar nos comércios.>
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"Claro que essa aglomeração nos preocupa e muito. As orientações têm sido dadas, têm sido muito claras, quem deve, quem pode sair", disse. "Esses indicadores que vão apontar se a exposição maior têm sido suficiente para aumentar a transmissibilidade do vírus e mais adiante é que nós vamos verificar se isso está tensionando o sistema de saúde", disse João Gabbardo, coordenador executivo do comitê contra coronavírus.>
Durante a coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (17), o secretário de Saúde José Henrique Germann informou que o estado registrou, até agora, 11.521 mortes por coronavírus. Com isso, são 389 mortes nas últimas 24 horas, novo recorde de óbitos em um só dia.>
Devido um problema técnico no sistema de contabilização de número de casos, o total divulgado não é o número correto, que deve ser divulgado na quinta-feira (18).>
Além disso, o secretário informou que no estado de São Paulo as UTIs registram 70,6% de ocupação e na grande São Paulo são 77,1%.>
Segundo Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, a taxa de letalidade está caminhando para uma estabilização e o número de casos está acima devido o aumento de testagem.>
Durante a coletiva de imprensa, a procuradora-geral do estado adjunta, Claudia Polto, disse que a empresa chinesa que atrasou a entrega dos ventiladores em São Paulo está sob investigação e pode ser punida caso seja provado que teve alguma responsabilidade no atraso da entrega dos ventiladores.>
Nesta terça-feira (16), o governo divulgou um cancelamento na compra de 1.280 respiradores chineses, já que os equipamentos deveriam ter sido entregues nesta segunda (15).>
Do total, apenas 433 máquinas (34%) desembarcaram no Brasil. O governo paulista pagou antecipadamente R$ 242 milhões e calcula que o valor a ser devolvido pode chegar a quase R$ 180 milhões.>
Revelado pela Folha de S.Paulo, o imbróglio dos respiradores de Doria teve início em abril, quando o governo paulista adquiriu 3.000 respiradores chineses por intermédio de uma empresa de brasileiros sediada nos EUA, a Hichens Harrison, que se comprometeu a entregar 500 equipamentos ainda no final de abril e o restante em maio.>
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