> >
Doria prevê vacinação em julho com imunizante 100% nacional do Butantan

Doria prevê vacinação em julho com imunizante 100% nacional do Butantan

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (26), o Butantan e o governo do estado detalharam os próximos passos para a Butanvac, que aguarda a autorização da Anvisa

Publicado em 26 de março de 2021 às 10:59- Atualizado há 3 anos

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura

A Butanvac, vacina experimental desenvolvida pelo Instituto Butantan, pode começar a ser aplicada na população em julho, segundo previsão do governador de São Paulo, Joao Doria (PSDB).

Governador de São Paulo João Doria
Governador de São Paulo disse que vacina pode estar disponível em julho. (Flickr/Governo do Estado de São Paulo)

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (26), o Butantan e o governo do estado detalharam os próximos passos para a Butanvac, que aguarda a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser testada em humanos (testes clínicos). Segundo Dimas Covas, diretor do instituto, a previsão é que os estudos comecem em abril.

Covas afirmou que os testes com a Butanvac podem ser encurtados, contando com uma comparação com outros imunizantes usados contra a doença que já foram estudados. Esse atalho permitiria iniciar a vacinação da população em julho.

De acordo com o Butantan, a fabricação de 40 milhões de doses da Butanvac pode ter início no mês de maio, quando o instituto encerra a produção da vacina contra a gripe. As doses que devem ser usadas nos testes, caso sejam permitidos pela Anvisa, já estão prontas, afirma o instituto.

Há pelo menos outras 16 vacinas contra a Covid-19 ainda em fases pré-clínicas de estudo sendo desenvolvidas no Brasil. Um dos maiores entraves para que esses imunizantes migrem para a fase de testes em humanos -a mais demorada e mais cara- é o financiamento.

Na entrevista desta sexta, Dimas Covas afirmou que os gastos com os estudos clínicos seriam bancados pelo Butantan.

O pedido de autorização a ser feito à Anvisa se refere às fases 1 e 2 de testes clínicos, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, com até 9.000 indivíduos, é estimada sua eficácia.

A Butanvac já passou pelos testes pré-clínicos, quando são avaliados em animais a imunogenicidade (capacidade de gerar uma resposta imunológica) e toxicidade. Segundo Dimas Covas, um laboratório Chinês também fez estudos com a vacina em animais e teria chegado a resultados positivos.

"Nós aprendemos com as vacinas anteriores, já sabemos o que é uma boa vacina contra a Covid-19. Essa será uma vacina de segunda geração, mais imunogênica", afirmou o diretor do instituto durante a coletiva.

Este vídeo pode te interessar

Nas fases 1 e 2 dos testes clínicos a vacina será usada em doses diferentes para que o efeito seja observado. O intervalo entre as doses também deve variar nos testes. Covas diz que ainda não é possível saber se a vacina poderá ser aplicada em apenas uma dose ou se precisará de um reforço -como a maior parte das vacinas contra a Covid-19 já distribuídas.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais