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CPI pede ao STF uso de força policial para levar lobista a depor

CPI pede ao STF uso de força policial para levar lobista a depor

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comunicou que a CPI solicitou à Polícia do Senado que conduza Marconny Faria para depoimento. Caso ele não seja localizado, Randolfe disse que irá pedir sua prisão preventiva

Publicado em 2 de setembro de 2021 às 11:04

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O vice-presidente daCPI da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
O vice-presidente daCPI da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

A CPI da Covid pediu à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), a condução coercitiva do lobista Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria. O depoimento dele está previsto para esta quinta-feira (2), mas integrantes da comissão temem que ele não compareça. Assim, querem que, se necessário, seja usada força policial para obrigá-lo a depor. Durante a sessão da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) , vice-presidente da CPI, chegou a cogitar pedirem prisão preventiva contra o lobista.

Em entrevista na manhã desta quinta-feira, o senador Randolfe comunicou que a CPI solicitou à Polícia do Senado que conduza Marconny Faria para depoimento. Caso ele não seja localizado, Randolfe disse que irá pedir sua prisão preventiva. A partir daí, ele pode ser considerado foragido, com a possibilidade de que a Interpol seja acionada para proceder à prisão, caso não mais esteja no Brasil.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, é o autor do requerimento para ouvir Marconny Faria, a quem o senador chama de lobista que teria atuado como intermediário dos interesses da Precisa Medicamentos. A empresa está envolvida na negociação de vacinas Covaxin para o Ministério da Saúde, sobre a qual a CPI investiga diversas irregularidades e sobrepreço.

A CPI obteve mensagens trocadas entre Marconny o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana. Na conversa, Santana menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa da advogada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Karina Kufa, que deverá ser ouvida nas próximas reuniões da CPI.

Marconny Faria possui habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que permite a ele ficar em silêncio e não responder a perguntas que possam incriminá-lo. A decisão pela concessão do habeas corpus foi da ministra Cármen Lúcia.

Na tarde de ontem, a CPI recebeu um atestado médico dando conta que Marconny estaria internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), então, ligou para o hospital para tomar conhecimento da condição de saúde de Marconny. A Secretaria da CPI mantém a previsão do depoimento para hoje.

Caso Marconny não possa depor, a CPI cogitou trazer em seu lugar Andreia Lima, diretora da empresa VTCLog, ou antecipar o depoimento de Francisco Araújo Filho, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal.

O ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo Filho está no Senado nesta quinta-feira. Ele pode ser ouvido pela CPI ainda hoje, caso Marconny Faria não compareça ao depoimento.

Francisco Araújo foi preso em agosto de 2020 durante a Operação Falso Negativo. A investigação abarcou ilicitudes na aquisição de testes rápidos para detecção da covid-19 para a rede pública de saúde local.

Fonte: Agência Senado

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