Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 19:06
Impedido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) de disputar a reeleição para o cargo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), fez uma lista preliminar com seis nomes de PSD, DEM e PP e, dela, vai definir quem apoiará na disputa pelo comando da Casa. A eleição ocorre em fevereiro. >
Nessa lista de Alcolumbre não há menção a nenhum senador do MDB, partido de onde deve sair o nome apoiado pelo Palácio do Planalto.>
Segundo auxiliares de Jair Bolsonaro (sem partido), hoje os favoritos do presidente são os líderes do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).>
O STF barrou na noite deste domingo (6) a possibilidade de reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Alcolumbre.>
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O placar ficou em 6 a 5 contra a reeleição de Alcolumbre, e 7 a 4 contra a de Maia. Para a maioria dos ministros, a recondução é inconstitucional.>
A Constituição proíbe os chefes das Casas de tentarem a recondução no posto dentro da mesma legislatura. A legislatura atual começou em fevereiro de 2019 e vai até fevereiro de 2023.>
Bolsonaro chamou Alcolumbre para uma conversa, que deve ocorrer até esta quarta-feira (9). Aliados do senador dizem que Alcolumbre ficou bastante decepcionado com o comportamento do Planalto ao longo do julgamento no STF que terminou na noite de domingo (6).>
Por causa da articulação do governo para impedir a possibilidade de reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara, o presidente do Senado, aliado do governo, se sentiu abandonado.>
Na lista de Alcolumbre estão Antonio Anastasia (PSD-MG), Nelsinho Trad (PSD-MS), Lucas Barreto (PSD-AP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Marcos Rogério (DEM-RO) e Daniella Ribeiro (PP-PB).>
Irmã do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que tenta se cacifar para presidir a Câmara, Daniella está licenciada desde o fim de setembro por motivos pessoais e retorna em janeiro. Ela entrou na lista de Alcolumbre não exatamente por ser do Progressistas, mas por ser mulher.>
Segundo uma pessoa próxima a Alcolumbre, o presidente do Senado quer definir o nome de seu candidato antes da conversa com Bolsonaro. A intenção é estar preparado para reagir, caso o chefe do Executivo peça apoio a seu ungido.>
Alcolumbre estava em Macapá (AP) cuidando da eleição do irmão, Josiel (DEM), e retornou a Brasília na noite de segunda-feira (7). Desde então, tem visitado senadores em seus apartamentos funcionais para conversas individuais.>
A estes interlocutores o presidente do Senado tem dito que não deixará de conversar com ninguém, inclusive do MDB, mas que não aceitará nenhuma imposição do Planalto.>
Auxiliares de Alcolumbre ponderam que os nomes defendidos por ele não são diretamente ligados ao Planalto, mas têm diálogo com o governo e identidade com a pauta econômica.>
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