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É prefeito de Vila Velha

Vila Velha: obras incomodam? Pior mesmo era a falta delas

Neste momento, temos mais de 100 obras simultâneas. Todas com o mesmo objetivo: preparar Vila Velha para o futuro – depois de décadas de espera

  • Arnaldinho Borgo É prefeito de Vila Velha
Publicado em 02/12/2025 às 15h44

Vila Velha esperou mais de 40 anos para voltar ao rumo do desenvolvimento. Quando assumimos a gestão, em 2021, encontramos um município que, por muito tempo, ficou conhecido como “cidade-dormitório” – não por ser tranquilo, mas porque parecia viver em modo de espera. Dormia nas promessas, cochilava nos investimentos e sonhava com obras que nunca chegavam.

Despertamos Vila Velha. Hoje, é o maior canteiro de obras a céu aberto do Espírito Santo. Planejamos, organizamos e coordenamos um volume de investimentos jamais visto nos 490 anos de história da cidade. E grande parte desse avanço também vem da parceria com o governo do Estado e com o governador Renato Casagrande, que tem caminhado conosco em intervenções estruturantes. Com trabalho conjunto, a cidade avançou muito mais rápido – e muito mais longe.

É tanto trabalho acontecendo que alguns até estranham. Depois de décadas de pouca ação, a velocidade atual parece exagero – quando, na verdade, é apenas o ritmo que Vila Velha sempre mereceu.

Antes reclamavam da falta de obras. Agora, reclamam porque tem obras demais. Antes era o silêncio da inércia; agora é o barulho das máquinas. A verdade é simples: só se incomoda quem preferia a cidade parada – aquela que não tirava ninguém da zona de conforto.

Vila Velha virou referência nacional em eficiência, transparência, desenvolvimento sustentável e geração de emprego e renda. Nada veio por acaso. É fruto de planejamento, de decisões firmes e de uma equipe comprometida em resolver problemas – não em empurrá-los com a barriga. Por isso, criamos o Vila Velha 500 Anos, plano estratégico que aponta o caminho até 2035. Chegar aos 500 anos estagnada seria um retrocesso imperdoável.

Neste momento, temos mais de 100 obras simultâneas. Todas com o mesmo objetivo: preparar Vila Velha para o futuro – depois de décadas de espera.

Na orla de Nova Ponta da Fruta, Ponta da Fruta e Interlagos, estamos requalificando 6,5 km com pavimentação, drenagem, urbanismo, ciclovia e novos equipamentos de lazer. É obra de verdade – não aquelas promessas que ficavam no papel e que alguns já tratavam como lenda urbana.

Também iniciamos o Binário da Rodovia do Sol, um novo sistema viário que vai reorganizar o trânsito entre duas das principais vias da cidade: a Rodovia do Sol e a Saturnino Rangel Mauro. Novo pavimento, drenagem moderna, iluminação, sinalização. Uma cidade desperta precisa de ruas que funcionem.

Obra do Binário da Rodovia do Sol, em Vila Velha
Obra do Binário da Rodovia do Sol, em Vila Velha. Crédito: Divulgação/Prefeitura de Vila Velha

E, claro, obra gera transtornos. Muda caminho, atrasa a chegada, levanta poeira, faz barulho. Mas acreditar que uma cidade se transforma sem incômodo é ignorar a realidade: o progresso tem impacto.

Repito o que sempre digo: não dá para fazer omelete sem quebrar ovos. Os transtornos são temporários. Os benefícios, permanentes.

Estamos entregando drenagem que põe fim aos alagamentos, pavimentação que muda a realidade de bairros inteiros, levando saneamento a áreas que nunca tiveram rede de esgoto, abrindo novas escolas, modernizando a saúde, criando áreas de lazer de verdade e ampliando segurança, mobilidade e oportunidades para a nossa gente.

Vila Velha escolheu avançar. E avançar incomoda – sobretudo quem achava confortável a velha rotina em que nada mudava. Quem ainda prefere o atraso é que está perdendo a hora.

Minha equipe e eu seguimos firmes: trabalhando, planejando e entregando. Porque Vila Velha merece movimento, coragem e futuro – não sonolência nem desculpas. E é assim, com trabalho real e transformação à vista de todos, que seguimos despertando a cidade e reacendendo o orgulho canela-verde.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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