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É diretor-executivo da Blue Terminals

Exportação de petróleo no ES não é apenas viável, é desejável e urgente

Quando falamos em exportação de petróleo, falamos também em multiplicação de efeitos positivos: entrada de divisas, estímulo a cadeias produtivas locais, qualificação profissional, arrecadação de impostos, criação de novos negócios e fomento à indústria

  • Bruno Fardin É diretor-executivo da Blue Terminals
Publicado em 24/07/2025 às 11h52

Diversificar a economia é uma necessidade real para qualquer estado que busca estabilidade e crescimento sustentável. No caso do Espírito Santo, essa diversificação passa diretamente pelo fortalecimento da infraestrutura logística e pela valorização de setores com alto potencial de impacto — entre eles, o de óleo e gás. A exportação de petróleo é, hoje, uma das maiores oportunidades para transformar a matriz econômica capixaba e reposicionar o Estado no cenário nacional e internacional.

O Espírito Santo já figura entre os maiores produtores de petróleo do país, com ativos relevantes no offshore (no mar) e onshore (na terra) e um ambiente regulatório cada vez mais favorável. Mas a capacidade de gerar valor a partir desse potencial depende de um elo que, até pouco tempo, estava ausente: uma estrutura portuária moderna, eficiente e preparada para atender o mercado externo. É nesse contexto que o Terminal de Granéis Líquidos (TGL) Praia Mole, da Blue Terminals, se consolida como uma peça-chave da logística energética capixaba.

O TGL é mais do que um novo terminal portuário: é uma infraestrutura logística voltada para exportação de petróleo e capaz de receber os maiores navios do mundo, o que a torna muito atrativa para o mercado de óleo e gás. Ele representa um passo decisivo na consolidação do Espírito Santo como corredor estratégico de exportação para o Sudeste brasileiro e para os mercados internacionais.

Quando falamos em exportação de petróleo, falamos também em multiplicação de efeitos positivos: entrada de divisas, estímulo a cadeias produtivas locais, qualificação profissional, arrecadação de impostos, criação de novos negócios e fomento à indústria naval e de serviços. Cada barril exportado gera movimentações que vão muito além do porto - impulsionam regiões inteiras e abrem portas para parcerias público-privadas, inovação tecnológica e fortalecimento da governança setorial.

Área em Praia Mole vai receber terminal de petróleo
Área em Praia Mole vai receber terminal de petróleo. Crédito: Divulgação

Além disso, a operação portuária voltada à exportação permite ao Espírito Santo reduzir sua dependência de setores tradicionais e ampliar sua resiliência econômica. É uma mudança estrutural. Ao se conectar diretamente com o mercado global de energia, o Estado passa a integrar uma nova geopolítica econômica, com mais autonomia, mais protagonismo e mais capacidade de atrair investimentos estratégicos de longo prazo.

Estamos diante de uma oportunidade histórica: consolidar o Estado como plataforma logística para o escoamento da produção de petróleo nacional. A exportação de petróleo não é apenas viável, é desejável e urgente. E pode, sim, ser a força que levará o Estado a um novo ciclo de prosperidade.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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