Autor(a) Convidado(a)
É secretário de Educação do Espírito Santo

Educação para a Independência: democracia também se constrói na escola pública

A independência do Brasil se renova a cada criança que se alfabetiza, a cada jovem que conquista oportunidades, a cada profissional da educação que transforma vidas com seu trabalho diário

  • Vitor de Angelo É secretário de Educação do Espírito Santo
Publicado em 07/09/2025 às 10h00

Setembro é o mês em que o Brasil celebra sua Independência. Esse é também um momento oportuno para refletirmos sobre os caminhos que nos conduzem à verdadeira soberania: aquela construída com base no acesso a direitos, na democracia e na educação de qualidade para todos.

A história da Independência do Brasil é complexa e marcada por disputas de poder, mas também por silêncios. Muitos personagens e grupos sociais foram por décadas apagados da história oficial. Felizmente, esse cenário vem mudando, e a educação tem papel fundamental nesse processo. Ao ampliar o olhar sobre a história, valorizando diferentes vozes e realidades, o currículo da educação brasileira cumpre sua função essencial: formar cidadãos conscientes, críticos e protagonistas do próprio tempo.

Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Educação do Espírito Santo dá importantes exemplos, como a distribuição da coleção “Meu Futuro Melhor” para os municípios capixabas. Esse material, fruto da parceria entre Grupo de Articulação e Integração do Gerenciamento Costeiro e da Gerência de Educação Antirracista, do Campo, Indígena e Quilombola, nos direciona para uma Educação para as Relações Étnico-Raciais nas escolas, com livros voltados para professores e estudantes. A medida reforça nosso compromisso em ampliar esse olhar sobre a nossa própria história.

Em tempos de radicalização, é nosso dever garantir que a escola continue sendo um espaço de escuta, respeito e pluralidade. Defender a democracia passa, necessariamente, por fortalecer a educação pública como instrumento de justiça social, desenvolvimento humano e construção coletiva da cidadania.

A verdadeira independência se expressa na garantia de direitos, sobretudo o direito à educação. Quando um estudante com deficiência tem acompanhamento especializado, quando uma jovem da periferia tem acesso a ensino integral e quando um professor é valorizado pela sua dedicação, estamos ampliando as fronteiras da liberdade em nosso país.

No Espírito Santo, temos investido na expansão e qualificação da rede pública, na valorização dos profissionais da educação, na inclusão escolar, na ampliação do tempo de atividades pedagógicas, e na modernização das estruturas físicas e curriculares. Tudo isso para garantir que a escola seja, de fato, um ambiente de aprendizagem, convivência e formação integral.

A independência do Brasil se renova a cada criança que se alfabetiza, a cada jovem que conquista oportunidades, a cada profissional da educação que transforma vidas com seu trabalho diário. Essa é a nossa missão: construir uma educação pública que respeita a diversidade, reconhece a história e prepara para o futuro.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

A Gazeta integra o

Saiba mais

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.