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Dados abertos ajudam a salvar vidas e a retomar a economia

O Espírito Santo ocupa a primeira colocação em dois rankings importantes de transparência no combate à Covid-19

  • Edmar Camata
Publicado em 22/05/2020 às 09h30
Atualizado em 22/05/2020 às 09h30
Análise de dados: é preciso entender, interagir e ouvir a audiência
Transparência nos dados é e sempre será ferramenta para combater a corrupção. Crédito: Divulgação

Em recente artigo na Harvard Business Review, compêndio de publicações da Universidade de Harvard voltado às melhores práticas em gestão de negócios, a professora Amy C. Edmondson afirma que em momentos de crise como este em que vivemos a “transparência deve ser a tarefa número um dos líderes”.

A crise que enfrentamos tem poucos meses, mas não é exagerado afirmar que será vencida por aqueles que conseguirem fazer melhor uso das experiências passadas pelas outras nações no combate à Covid-19. Valorizar o conhecimento científico, a medicina e o controle social certamente são deveres de casa obrigatórios dos gestores nesse momento. Respeitar o isolamento é a tarefa do cidadão.

Na esteira da transparência dos dados, o óbvio precisa ser dito. Seja em momento de pandemia ou não, as nações mais transparentes do mundo são as menos corruptas e as que entregam aos seus cidadãos melhor qualidade de vida e oportunidades econômicas.

Nesse sentido, duas gigantes da sociedade civil criaram metodologias para avaliar o poder público no combate à pandemia. O capítulo brasileiro da ONG Transparência Internacional - entidade presente em 110 países - reuniu as melhores práticas globais e classificou a transparência das compras emergenciais em Estados e municípios. Já a Open Knowledge Brasil - uma rede global para promoção da transparência - avaliou a transparência nos dados de saúde referentes à pandemia (contaminação, testes, leitos, distribuição geográfica e série histórica).

Reunidas, as duas metodologias mostram que há boas práticas mundiais a seguir e reforçam o papel importante da governança e da transparência em momentos de crise. Estados transparentes podem ser os primeiros a reabrir a economia e atrair investidores.

Nos dois rankings, o Espírito Santo ocupa a primeira colocação, o que deve ser motivo de orgulho para os capixabas. Resultado de um trabalho integrado de diversos órgãos e secretarias, a liderança capixaba foi concebida sem custos extras e em regime de home office por auditores do Estado.

Como sociedade e como poder público, aprendemos muito com esse novo momento. Transparência é e sempre será ferramenta para combater a corrupção. Agora, segundo o lema da Open Knowledge Brasil, a informação passa a ter uma nova missão. Para eles, dados abertos ajudam a salvar vidas. Seguimos juntos nesse propósito, para a retomada breve.

O autor é secretário de Estado de Controle e Transparência

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