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É diretor da Imarket, empresa de mercados autônomos da Market4u e Zaitt

Consumidores aderem cada vez mais ao autoatendimento

Como produto da união da tecnologia, da automação e da inteligência artificial, a expectativa é que o autoatendimento se aperfeiçoe ainda mais nos próximos anos

  • Roberto Prado É diretor da Imarket, empresa de mercados autônomos da Market4u e Zaitt
Publicado em 06/04/2023 às 10h00
Loja autônoma da Zaitt, em São Paulo. O negócio teve início em Vitória
Loja autônoma da Zaitt, em São Paulo. O negócio teve início em Vitória. Crédito: Zaitt/Divulgação

Uma simples conversa entre familiares, amigos ou colegas revela o quanto a rotina das pessoas está cada vez mais corrida. Conciliar trabalho, família, saúde, lazer e estudos tem sido um desafio generalizado. Nesse contexto, poupar tempo e realizar mais atividades ao longo do dia, buscando soluções que proporcionem agilidade especialmente para as atividades mais corriqueiras, porém obrigatórias, tornou-se uma necessidade de boa parte da população.

Diante disso, vemos que mudam também muitos hábitos de compra, visto que os consumidores vêm priorizando produtos, serviços, marcas e estabelecimentos que conseguem se adequar à sua rotina e trazer facilidades. Isso explica o fato de o autoatendimento estar se tornando cada vez mais presente no varejo, incluindo o surgimento dos mercadinhos de bairro ou dentro dos condomínios, até a adaptação das grandes lojas de departamento e dos supermercados à modalidade.

Explica também o resultado do ranking recém-divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) que apontou que a maior rede de mercados autônomos da América Latina ocupa o quarto lugar entre as maiores microfranquias do Brasil. Soma-se a isso a pesquisa Self-Checkout System Market Report, realizada pela Global Market Insight, que apontou a estimativa de que o segmento de autoatendimento cresça mais 11% ao ano até 2027.

Mas afinal de contas o que o autoatendimento traz a uma grande parcela dos consumidores modernos que atrai tanto a atenção e preferência deles? Uma hipótese é o tempo. Com o autoatendimento, o consumidor, além de autonomia, ganha rapidez na escolha e no pagamento. Como é feito de forma digital pelo celular ou em algum equipamento eletrônico, não é preciso pedir ajuda a atendentes, nem enfrentar filas.

Mas não para aí. Especificamente os mercados autônomos também permitem maior flexibilidade de horários para os clientes, pois funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana. Alguns desses estabelecimentos estão localizados, inclusive, dentro de empresas e condomínios, o que facilita ainda mais a compra, ainda mais em se tratando do contexto capixaba, onde praticamente nenhum estabelecimento comercial funciona ininterruptamente.

E não é só para os clientes que a modalidade traz benefícios, afinal, por trás deles estão empreendedores que almejam o retorno dos seus investimentos nos negócios baseados em autoatendimento. Sem funcionários diretamente envolvidos no atendimento, os custos operacionais reduzem parcialmente, apesar do aporte em tecnologia, com a vantagem também do melhor controle do estoque, da possibilidade de conhecer bem de perto as preferências dos consumidores, o que gera mais vendas e aumenta a rentabilidade.

Como produto da união da tecnologia, da automação e da inteligência artificial, a expectativa é que o autoatendimento se aperfeiçoe ainda mais nos próximos anos, preenchendo lacunas e atendendo necessidades de consumidores cada vez mais ávidos por soluções que deem a eles tempo, bem-estar e comodidade.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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