Bebê com pé queimado em hospital da Serra passa por 2ª cirurgia plástica
O bebê que sofreu uma queimadura no pé horas após o nascimento no Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, vai passar pela segunda cirurgia plástica nesta segunda-feira (25). A família de José, que está internado no Hospital Infantil de Vitória, explicou que o procedimento para tratar a lesão será realizado no início da tarde. A avó da criança, Rosilene Peisino, também confirmou à reportagem de A Gazeta que as roupas e meia que o neto estava usando e que também ficaram queimadas foram entregues à Polícia Civil para serem periciadas.>
O caso ganhou repercussão na última quinta-feira (21), quando a mãe de José, Sara Peisino Barboza, denunciou nas redes sociais que o filho teve o pé queimado dentro do hospital onde nasceu. Ela relatou que o bebê nasceu saudável na terça-feira (19), mas horas depois foi levado para um berço aquecido por estar com a temperatura baixa. Segundo ela, naquele momento, uma enfermeira teria usado um algodão aquecido para esquentar o pé do recém-nascido, o que causou a queimadura. >
Ainda conforme o relato de Sara, a avó da criança percebeu o problema após ouvir o choro do neto e sentir cheiro de queimado. José foi transferido da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, onde passou pela primeira cirurgia plástica, na última sexta-feira (22).>
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que abriu um processo interno para apurar o caso e determinou o afastamento preventivo dos profissionais potencialmente envolvidos até a conclusão das investigações. O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) também se posicionou, dizendo que não existe protocolo que recomende o uso de algodão aquecido para estabilizar a temperatura de recém-nascidos e que investiga a conduta da equipe.>
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias da queimadura e pediu informações à entidade gestora do hospital. Também foram comunicados os conselhos regionais de Medicina e Enfermagem, que devem avaliar possíveis falhas de conduta e aplicar sanções, se for o caso. A Sesa determinou que, em até 30 dias, seja apresentado um relatório conclusivo sobre o episódio.>
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e, por envolver menor de idade, seguirá sob sigilo.>