Juliana Machado Alacrino, de 37 anos, trabalhava na higienização de um hospital de Cachoeiro de Itapemirim
Juliana Machado Alacrino, de 37 anos, trabalhava na higienização de um hospital de Cachoeiro de Itapemirim . Crédito: Montagem| A Gazeta

Morta pelo ex, Juliana Machado sonhava um dia trabalhar na maternidade de hospital

Juliana Machado Alacrino, de 37 anos, trabalhava há pouco tempo no setor de higienização do Hospital Materno Infantil Francisco de Assis, em Cachoeiro. Ela foi morta a facadas pelo ex-companheiro no dia 08 de janeiro

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Cachoeiro de Itapemirim / Rede Gazeta
Publicado em 31/01/2022 às 12h25

Juliana Machado Alacrino, de 37 anos, trabalhava há pouco tempo no setor de higienização do Hospital Materno Infantil Francisco de Assis, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, mas já estava encantada com o setor de maternidade. A auxiliar de serviços gerais tinha o desejo de um dia atuar na área da saúde, sendo uma técnica de enfermagem.

O desejo de Juliana foi interrompido quando o ex-companheiro, de28 anos, entrou em sua casa, no bairro Guandu, no último dia 8 de janeiro, e a esfaqueou. Ela chegou a ser socorrida, mas faleceu após dar entrada no hospital.

Amiga de trabalho, Sirlene Aparecida Lima Sarria, de 39 anos, lembra de Juliana com carinho. “Ela era uma mulher doce, trabalhadora e dedicada ao filho. O filho era tudo na vida dela”.

Sirlene contou que uma vez a amiga chegou a ajudar uma gestante em trabalho de parto, pois trabalhou no setor da maternidade de alto risco. “Ela contou que a médica, na ocasião, disse que ela levava jeito. Eu a incentivava, para ela correr atrás do sonho em fazer um curso técnico. Estava encantada com aquela correria do hospital, em ver os bebês nascerem”, disse a amiga.

A morte de Juliana causou comoção no hospital, que fica no bairro Sumaré. 

Sirlene Aparecida Lima Sarria

Auxiliar de serviços gerais e amiga de trabalho de Juliana

"Era possível ver os olhares nos corredores, todos ficamos muito tristes, pois Juliana era muito querida entre os funcionários, até entre os pacientes. Chegavam a levar presentes, pois tratava a todos bem. Ela não merecia isso, nenhuma mulher merece"

RELACIONAMENTO CONTURBADO

Juliana Machado Alacrino, segundo o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoas (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim, Felipe Vivas, foi morta a facadas durante uma briga com o ex-companheiro por razões de ciúmes. 

A vítima, segundo a polícia, já havia registrado um boletim de ocorrência em 2020, após ser agredida. Na época, Juliana foi ferida com dois socos na garganta e no braço, e registrou o fato na delegacia.

No dia 8 de janeiro, após esfaquear a mulher, o ex-companheiro tentou fugir pulando uma janela e sofreu uma fratura. Juliana foi socorrida por uma vizinha após gritos de socorro do filho da vítima, de 5 anos. A vizinha a encontrou caída no chão e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que também socorreu o suspeito.

O homem, que não teve o nome divulgado, confessou o crime à polícia. Ele foi autuado em flagrante por homicídio qualificado por motivo fútil e feminicídio e encaminhado ao Centro de Detenção Provisória em Cachoeiro.

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