Quem quer trabalhar por conta própria, em casa e não tem muito dinheiro para investir pode apostar nas microfranquias, também chamadas de home based. Esse modelo de negócio requer investimentos iniciais que variam de R$ 6.500 a R$ 135 mil, com a vantagem de que a empresa já foi testada e aprovada por outros investidores.
O retorno financeiro pode ocorrer já a partir do segundo mês de trabalho, conforme o perfil da empresa. O faturamento também vai depender do total investido e do segmento.
Por se tratar de uma rede, a franqueadora realiza treinamentos ao franqueado, além de oferecer todo o material e suporte necessário para a execução da franquia. Existem opções em diversos segmentos, como alimentação, educação, beleza, serviços ou tecnologia, entre outras.
O presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF), seccional Rio de Janeiro, Clodoaldo Nascimento, reforça que uma microfranquia é um modelo cujo investimento inicial é mais acessível em comparação às tradicionais, geralmente limitado a um teto pré-estabelecido por instituições do setor, mas que são regidas igualmente pela lei de franquias.
Segundo o executivo, o modelo de negócio é bastante popular entre pequenos empreendedores, pois exige menor capital para iniciar a empresa e, frequentemente, oferece opções de operação ou estruturas mais simples.
“Antes de investir, é necessário fazer uma autoavaliação. É analisar se há uma identificação com o tipo de negócio a ser investido. Nessa hora, honestidade com si mesmo é tudo, pois, muito mais do que poder aquisitivo para iniciar o negócio, é preciso afinidade e dedicação para mantê-lo”, orienta.
Nascimento destaca ainda que é preciso avaliar se o segmento desejado está em expansão e escolher algo que combine com suas habilidades, paixões e metas profissionais. “Trabalhar em algo que você gosta aumenta as chances de sucesso”, afirma.
Quem apostou neste modelo de negócio foi Ângelo Moisés Mathias. Ele se tornou franqueado em 2018, quando a Tratabem, especializada em manutenção de piscinas, ainda atuava no modelo de microfranquias.
Mathias herdou a marca do filho, Diego, que havia se franqueado em 2012. Na época, ele morava em Mato Grosso e havia ido visitar o filho em Linhares, no Norte do Espírito Santo, em 2014.
“Eu não estava bem financeiramente e meu filho me convidou para trabalhar com ele. Logo me identifiquei com a atividade. O ramo é muito bom e com grande leque para crescer. Em 2018, Diego viu a oportunidade de franquear uma loja em São Mateus e passou a microfranquia dele para mim”, relata.
Em 2018, a empresa tinha cerca de 40 clientes e hoje já são mais de 90. Com três funcionários para auxiliar no serviço, Mathias mantém um escritório montado na própria casa. É de lá que ele faz o contato com os clientes, faz o depósito do material e guarda as motos usadas por seus colaboradores. Dessa forma, evita gastos como aluguel.
“Minha vida financeira mudou muito. A franquia trouxe novas possibilidades de fazer projetos. A condição que tenho hoje nunca tive. É um ramo de negócio que só tem a crescer. É fácil de fazer, com investimento que vale a pena e um bom retorno, principalmente com a chegada do verão. Já tinha trabalhado com outras coisas, mas nada se compara”, comenta.
Fonte: Associação Brasileira de Franchising.
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