Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 13:38
O verão no Brasil traz sol, férias e viagens às praias, mas também uma maior exposição a condições que favorecem viroses gastrointestinais e intoxicações alimentares. O calor intenso, a manipulação inadequada dos alimentos e o consumo de comidas de procedência duvidosa estão entre os principais fatores de risco.>
Em cidades do litoral, especialmente durante o fim de ano, também são comuns os relatos de atendimentos por sintomas como diarreia, náuseas e vômitos, associados tanto a viroses quanto ao consumo de alimentos contaminados. Com o aumento do fluxo de turistas e a mudança na rotina alimentar, os cuidados com o que se consome à beira-mar tornam-se ainda mais importantes.>
De acordo com o nutrólogo Daniel Magnoni, da Rede de Hospitais São Camilo, alguns alimentos oferecem maior risco de contaminação quando expostos ao calor por longos períodos.>
“Os alimentos que devem ser evitados são aqueles que levam molhos ou cremes, pois apresentam maior risco de contaminação. Maionese, cremes brancos e molhos com mel entram nessa lista. Doces com recheio cremoso, frutos do mar e petiscos que são mergulhados em molhos, como molho rosé, maionese ou agridoce, também devem ser evitados. Esses molhos se contaminam com facilidade, inclusive durante o transporte, e o risco aumenta ainda mais depois de ficarem muito tempo expostos na praia”, explica Magnoni.>
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O especialista alerta ainda para o cuidado com pastas cremosas, como requeijão, ricota e creme de leite, que se deterioram rapidamente fora da refrigeração adequada.>
“O ideal é transportar os alimentos em sacolas térmicas, junto com bolsas ou pacotes de gelo reutilizáveis, para manter a temperatura adequada e reduzir o risco de contaminação”, orienta o nutrólogo.>
Para quem pretende levar lanches de casa, o médico recomenda opções mais simples, frescas e resistentes ao calor. “Quando se pensa em petiscos para a praia em dias de calor, é importante considerar que a pessoa vai passar muito tempo exposta ao sol. Cenoura, pepino, rabanete e tomatinhos-cereja são boas escolhas, podendo ser levados já temperados ou não”, afirma.>
Queijos em porções pequenas, como muçarela tradicional ou muçarela de búfala, também podem ser consumidos, desde que bem acondicionados. Biscoitos integrais, doces ou salgados, são alternativas práticas. Para beber, a recomendação inclui água, água de coco, sucos em embalagens individuais e chá-mate, reforçando a importância da hidratação ao longo do dia.>
No caso das crianças, a orientação é apostar em lanches naturais e de fácil digestão. “Para os pequenos, o ideal são sanduíches naturais. É possível preparar sanduíches de berinjela ou abobrinha, com queijo fatiado, sem molhos ou cremes, utilizando pão de forma integral e cortando em pequenos pedaços. Cenoura e pepino também costumam agradar”, indica o nutrólogo.>
No verão, pequenas escolhas fazem grande diferença para a saúde. Optar por alimentos mais seguros, evitar preparações com alto risco de contaminação e garantir o armazenamento correto ajudam a prevenir viroses e intoxicações alimentares durante os dias de praia.>
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