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Saiba como se prevenir das doenças nos olhos mais comuns no verão

Saiba como se prevenir das doenças nos olhos mais comuns no verão

Conjuntivite viral, ceratite por exposição ao sol, blefarite, terçol e síndrome do olho seco são algumas das condições mais frequentes

Publicado em 17 de dezembro de 2025 às 15:10

conjuntivite
Além da conjuntivite, alergias e irritações (vermelhidões) nos olhos são muito comuns nessa época do ano. Crédito: Shutterstock

A estação mais quente do ano propicia momentos de lazer na praia, piscina e parques. O calor intenso e a maior exposição ao sol, porém, também são alertas para as doenças nos olhos.

Nesse período, o aumento na circulação de vírus sazonais e o contato frequente com água de piscina favorecem irritações e infecções oculares. Segundo a oftalmologista Liliana Nóbrega, a falta de cuidados incita a proliferação de fungos e bactérias que causam doenças infecciosas, como conjuntivite.

"As altas temperaturas e as condições características do verão estimulam a lavar pouco as mãos e mexer em produtos com a superfície contaminada. Levando as mãos sujas aos olhos, provoca uma série de problemas”, afirma.

De acordo com o oftalmologista Alexandre Pinheiro, do Centro Capixaba de Olhos (CCOlhos), também é comum o aumento de casos de síndrome do olho seco, ceratite por exposição ao sol, blefarite e terçol. Cada uma dessas condições apresenta sintomas específicos. 

A conjuntivite viral, por exemplo, é altamente contagiosa e causa vermelhidão, inchaço, secreção aquosa e sensação de areia na vista. Já a conjuntivite alérgica apresenta sintomas semelhantes, mas não é transmissível.

A fotoceratite, uma queimadura da córnea provocada pela exposição excessiva ao sol, causa dor intensa em pontadas, vermelhidão, sensibilidade à luz e sensação de corpo estranho, especialmente horas após a exposição aos raios ultravioletas (UV).

Nos casos da síndrome do olho seco, os sintomas mais frequentes são ardor, visão flutuante e sensação de ressecamento. A ceratite infeccciosa, por sua vez, afeta principalmente usuários de lentes de contato, causada pelo uso prolongado, contato com água contaminada ou higiene inadequada. A condição também pode causar dor intensa, sensibilidade à luz, secreção e queda da visão

"É muito importante estarmos atentos a eles e procurar o oftalmologista diante de dor forte, piora da visão, secreção intensa e ou purulenta, ausência de melhora em 24 e 48 horas", orienta Pinheiro.

Tratamentos:

De acordo com os especialistas, os tratamentos dependem da causa. Em quadros de conjuntivite viral, o indicado é o uso de compressas frias e lubrificantes, além de higiene rigorosa. “O vírus é autolimitado, mas é essencial evitar o contágio. Importante uma consulta com oftalmologista para evitar complicações durante e depois da conjuntivite”, explica Alexandre Pinheiro.

Para a conjuntivite alérgica, a principal recomendação é evitar a exposição a agentes irritantes, além do uso de colírios antialérgicos e lubrificantes. A avaliação de um ooftalmologista torna-se essencial para definir a melhor estratégia.

Nos casos de fotoceratite, recomenda-se repouso ocular, uso de lubrificantes e aplicação de compressas frias. Em situações moderadas, o médico pode prescrever anti-inflamatórios específicos e até indicar a oclusão temporária do olho afetado.

Já no controle da síndrome do olho seca, a melhor estratégia envolve lubirficação frequente e ajustes no ambiente para evitar ar-condicionado direto.

Considerada a mais grave entra as doenças citadas, a ceratite infecciosa requer atendimento urgente e pode demandar o uso de antibióticos ou antivirais mais potentes.

Para conter a transmissão das doenças e o agravamento da visão, os especialistas reforçam a importância de não compartilhar itens de uso pessoal, como toalhas e maquiagens. “Para quem usa lentes de contatos é importante evitar entrar com elas na piscina e no mar, pois aumenta o risco de contágio”, completa Liliana Nóbrega.

Além disso, alguns hábitos incorporados no dia a dia são fundamentais na prevenção das doenças. São eles:

  • Usar óculos de sol com proteção UV, inclusive para crianças
  • Evitar coçar os olhos e lavar as mãos com frequência
  • Evitar mergulhar usando lentes de contato — aumenta muito o risco de infecções graves
  • Manter higiene rigorosa das lentes e nunca dormir com elas. Jamais lavar com água da torneira e sempre lavar as mãos ao manipular
  • Evitar compartilhar toalhas, maquiagens e itens pessoais
  • Manter hidratação ocular, usando colírios lubrificantes quando necessários
  • Evitar aglomerações em surtos de conjuntivite
  • Em caso de ardor após exposição intensa ao sol, utilizar colírios lubrificantes e se persistir deve buscar atendimento

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