As redes sociais vêm afetando diretamente o modo como percebemos o mundo. A busca pela vida perfeita, a espetacularização e a pressão pelo corpo considerado padrão ganharam ainda mais força com o avanço da tecnologia e a criação de novas ferramentas com os filtros de redes sociais. Essa nova forma de percepção do mundo, visto de uma tela de celular, estimula a insegurança, a constante comparação com o outro e a busca por aprovação externa, um solo fértil para o desencadeamento de doenças mentais.
“O mundo digital tem um impacto cada vez mais negativo, distorcendo a nossa percepção da realidade, contribuindo para o desenvolvimento de transtornos mentais, principalmente em jovens e adolescentes. A necessidade de aprovação por meio de métricas de engajamento, a beleza inatingível com o uso de filtros, os comentários negativos, tudo isso acaba prejudicando a autoestima, gerando sentimentos de inadequação ou mesmo criando uma ansiedade em relação à imagem”, destaca o psiquiatra João Paulo Cirqueira.
A busca pela perfeição estética, muitas vezes impulsionada pelas redes, é uma das maiores preocupações atualmente. Historicamente, o Brasil sempre figurou no ranking internacional de realizações de cirurgias plásticas. De acordo com a Sociedade Internacional da Cirurgia Plástica (ISAPS), hoje o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking. Além disso, pesquisa recente realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) também aponta um enorme crescimento de 390% na busca por procedimentos estéticos no país.
Essa nova forma de ver o mundo e ser visto, por meio da lente virtual, afeta por completo a percepção da realidade, levando principalmente os jovens a entrar em uma corrida desleal pela perfeição. O psiquiatra destaca seis consequências dessa busca desenfreada pela perfeição e idealização nas redes sociais:
Para quem busca fugir desse mundo irreal, a recomendação é ao identificar esses padrões de pensamento distorcidos deve-se buscar ajuda para substituí-los por pensamentos mais realistas e saudáveis. Alguns tratamentos e abordagens na área da saúde mental podem contribuir.
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