Publicado em 7 de abril de 2025 às 14:48
A menopausa é um período de transformações no corpo da mulher, marcado pelo fim da fase reprodutiva e por mudanças hormonais que podem impactar a saúde física e emocional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que cerca de 30 milhões de mulheres estejam na faixa etária da menopausa, o que corresponde a 7,9% da população feminina. Recentemente, a cantora Nayara Azevedo revelou ter sido diagnosticada com menopausa precoce aos 28 anos.
Entre os principais desafios desse momento estão alterações na saúde íntima, que podem causar sintomas como ressecamento vaginal, desconforto durante a relação sexual e maior predisposição a infecções urinárias. Segundo a médica Camila Prestes, parceira da DKT South America, a queda na produção de estrogênio reduz a lubrificação natural da região íntima e pode afetar diretamente a qualidade de vida da mulher. Para minimizar esses impactos, é essencial adotar cuidados específicos que ajudem a manter o bem-estar e a autoestima durante essa fase.
A hidratação íntima é uma das principais recomendações para aliviar o ressecamento vaginal. O uso de hidratantes vaginais pode ajudar a manter a umidade da mucosa e reduzir o desconforto. "Além disso, lubrificantes à base de água podem ser utilizados durante a relação sexual para proporcionar maior conforto", diz a médica.
Outra estratégia importante é a manutenção de uma boa higiene íntima, evitando o uso de sabonetes agressivos e produtos com fragrâncias que possam causar irritação. Prefira produtos neutros e desenvolvidos especificamente para essa região.
A prática de atividades físicas também tem papel fundamental no bem-estar durante a menopausa. "Exercícios regulares ajudam a melhorar a circulação sanguínea, incluindo na região pélvica, o que pode favorecer a lubrificação natural", explica Camila Prestes. Além disso, atividades como pilates e fisioterapia pélvica auxiliam no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, prevenindo disfunções urinárias comuns nessa fase. O acompanhamento médico é essencial para avaliar as necessidades individuais e indicar terapias complementares, como a reposição hormonal, que pode ser uma alternativa segura para aliviar sintomas mais intensos.
Manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes também é essencial para a saúde íntima e o bem-estar geral. O consumo de alimentos ricos em ômega-3, como peixes e sementes, pode contribuir para a hidratação das mucosas. "Da mesma forma, a ingestão adequada de água é fundamental para a hidratação do organismo como um todo. Outro ponto importante é manter uma vida sexual ativa, respeitando os limites individuais, pois a própria atividade sexual pode estimular a circulação sanguínea e contribuir para a manutenção da lubrificação natural", diz a médica.
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