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Urticária colinérgica: entenda o que causa alergia ao suor

Urticária colinérgica: entenda o que causa alergia ao suor

A doença  surge em situações de aquecimento do corpo, como na prática de exercícios físicos, emoções fortes e banho em água quente

Publicado em 7 de abril de 2025 às 09:00

Mulher suando
É uma reação alérgica desencadeada pelo aumento da temperatura corporal durante atividades físicas. Crédito: Shutterstock/ Yaroslav Astakhov

Você já percebeu sua pele ficando avermelhada após a prática de exercícios? Embora isso seja normal, em algumas pessoas essa reação pode ser mais intensa e causar manchas vermelhas, acompanhadas de coceira intensa e desconfortável. Isso pode ser um sinal de urticária colinérgica, uma reação alérgica desencadeada pelo aumento da temperatura corporal durante atividades físicas.

Também chamada de urticária generalizada por calor, a urticária colinérgica surge em situações de aquecimento do corpo, como na prática de exercícios físicos, emoções fortes e banho em água quente. Ela é responsável por cerca de 30% de todos os casos de urticária física induzível.

"É caracterizada pelo surgimento de pequenas lesões avermelhadas na pele, que costumam aparecer no pescoço e na parte superior do tórax, podendo se espalhar para outras regiões do corpo, associado a coceira intensa. Os sintomas tendem a surgir em poucos minutos e, geralmente, desaparecem em até 24 horas", diz a dermatologista Rachel Bertolani, da Reuma. 

A médica diz que os principais sintomas incluem coceira intensa e a formação de pequenas lesões elevadas na pele acompanhadas por vermelhidão, que costumam surgir no tronco, pescoço e parte superior dos braços, porém podem se espalhar para outras áreas do corpo, dependendo da intensidade do episódio de urticária.

"As lesões geralmente desaparecem em poucas horas, entretanto, a maioria dos pacientes sente desconforto, devido a recorrência do quadro, o que prejudica sua qualidade de vida"

Rachel Bertolani

Dermatologista

O diagnóstico é clínico e baseado na história do paciente com a identificação dos gatilhos desencadeantes. Caso necessário, este diagnóstico pode ser confirmado com testes em ambiente controlado, como exercício em bicicleta ergométrica sob supervisão médica.

"A identificação correta é fundamental para evitar desconfortos e permitir uma melhor qualidade de vida para o paciente", explica a dermatologista.

O tratamento envolve o uso de antialérgicos, mas outras medidas também podem ajudar, como evitar superaquecimento corporal durante os exercícios, banhos quentes, além de cuidados com a saúde mental, quando o estresse emocional for a causa. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos específicos.

“Cada paciente tem uma resposta diferente, por isso é essencial um acompanhamento médico individualizado para definir a melhor estratégia de controle”, destaca.

Algumas estratégias podem minimizar os sintomas. Devem-se evitar condições que levam ao superaquecimento corporal, como exercícios físicos intensos e exposição ao calor. Outras medidas incluem usar roupas leves e frescas; tomar banhos mornos ou frios em vez de quentes; ter cuidados com a saúde mental, quando o estresse emocional for a causa.

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