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Dengue: quais remédios não pode tomar para tratar os sintomas

Dengue: quais remédios não pode tomar para tratar os sintomas

Em formas mais graves da doença, podem surgir complicações como sangramentos, dor abdominal intensa e persistente, e quedas de pressão

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 16:50

Uso de repelente
Passar repelente diariamente nas áreas expostas do corpo é uma forma de prevenção da dengue Crédito: Shutterstock

A dengue é uma infecção viral transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. A doença afeta milhões de pessoas em todo o mundo e, em alguns casos, pode gerar graves complicações.

A infectologista Ana Carolina D'Ettorres, da Unimed Vitória, explica que os sinais mais comuns da dengue começam com uma febre alta, que surge de forma abrupta e é acompanhada de forte mal-estar e prostração. "A dor muscular intensa, dor nas articulações e uma dor de cabeça localizada principalmente atrás dos olhos são outros sintomas típicos. Além disso, o paciente também pode apresentar náuseas, vômitos e diarreia”.

De acordo com a médica Ana Carolina D'Ettorres, em formas mais graves da doença, podem surgir complicações como sangramentos, dor abdominal intensa e persistente, e quedas de pressão. Esses sinais indicam que o quadro pode estar se tornando mais crítico, necessitando de avaliação médica imediata.

“A fase aguda da dengue dura de 5 a 7 dias, com alguns casos se estendendo até 10 dias. Porém, a recuperação pode ser mais lenta e o paciente ainda pode sentir fraqueza e cansaço por até 30 dias após a infecção aguda”, explica.

Remédios

Em relação a medicamentos, a médica recomenda evitar o uso de anti-inflamatórios, anticoagulantes e antiparasitários, pois eles podem agravar o quadro. Já o uso de analgésicos para aliviar dores e medicamentos para náuseas pode ser indicado, sempre sob orientação médica.

“O tratamento da dengue é predominantemente de suporte, ou seja, foca no alívio dos sintomas, já que não existem medicamentos antivirais específicos para a doença. A gente não recomenda de forma alguma a automedicação. Nesses casos, a principal recomendação é garantir uma boa hidratação, com ingestão de líquidos como água, soro caseiro, sucos e chás”, aconselha.

Ana Carolina D'Ettorres
Ana Carolina D'Ettorres explica quais remédios não devem ser tomados Crédito: Divulgação Ana Carolina D'Ettorres

"O repouso também é fundamental, especialmente durante os primeiros dias de infecção"

Ana Carolina D'Ettorres

Infectologista

Ainda segundo a médica, durante a fase de recuperação, é crucial ficar atento aos sinais de alerta que indicam agravamento da doença. “A queda da febre pode ser um sinal de que o corpo está superando a infecção, mas, ao mesmo tempo, pode ser o momento em que surgem os sintomas mais graves, como sangramentos, queda de pressão arterial, dor abdominal forte que não cede com analgésicos, e diminuição da produção de urina. Esses sintomas podem indicar o início de um quadro de choque da dengue, uma complicação que exige atenção médica urgente”.

A melhor forma de evitar a dengue é prevenir a proliferação do mosquito transmissor. Isso inclui eliminar focos de água parada, que servem como locais para a reprodução do Aedes aegypti, em casa e na comunidade. É fundamental manter caixas d'água bem tampadas, evitar acúmulo de lixo e revisar recipientes como pneus, vasos de plantas e garrafas, que podem acumular água.

“A dengue é uma doença séria, que exige cuidado e atenção tanto no diagnóstico quanto no tratamento. Se você suspeitar que está com dengue, a recomendação é buscar um profissional de saúde o mais rápido possível, para receber a orientação adequada e evitar complicações graves. Além disso, a prevenção é o melhor caminho para reduzir a incidência da doença, com a eliminação de focos do mosquito transmissor e a conscientização da população sobre a importância de manter o ambiente livre de criadouros”, conclui.

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