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Transplante capilar: fios e autoestima de volta

Transplante capilar: fios e autoestima de volta

Técnica é uma das opções para resolver o problema da calvície. O humorista Rodrigo Sant'Anna aderiu ao tratamento. E nós fomos atrás para entender melhor como isso funciona

Publicado em 7 de outubro de 2019 às 13:44

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Homem com problema de calvície: transplante capilar é uma das opções. (Freepik)

O humorista Rodrigo Sant'Anna, sucesso em Zorra Total como Valéria, compartilhou em suas redes sociais, dias atrás, a primeira fase do seu transplante capilar. "Eu sei que tem muito homem que passa por isso", comentou o ator.

O transplante capilar é uma opção para homens e mulheres que enfrentam o problema da queda dos fios. E não é pouca gente! Segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo, estima-se que 42 milhões de brasileiros sofram de algum grau de calvície.

De acordo com o cirurgião plástico Filipe Canal, é natural que com a idade, o volume de cabelos diminua. No entanto, algumas pessoas podem apresentar sinais de calvície mais cedo. “Muitos acreditam que a calvície acontece quando os cabelos de determinada área do couro cabeludo caem e não voltam a crescer. Mas, em geral, a calvície é resultante do afinamento dos fios, que se tonam curtos e reduzidos, até que desapareçam. Esse processo pode começar a partir dos 18 anos e assim seguir de maneira contínua”, explica o médico.

Nessa técnica, o cabelo a ser implantado é o da própria pessoa. Uma parte dos fios é retirada de outra área da cabeça para o local que se encontra em desfalque. Canal diz que existem duas técnicas que podem ser utilizadas no procedimento.

“Temos aí a técnica FUT, que consiste na retirada cirúrgica de uma faixa de couro cabeludo, localizada na região de trás da nuca, que será dividida em pedaços para a separação das unidades foliculares para ser transplantado. Essa técnica permite dar mais volume em áreas mais extensas, dependendo da quantidade de unidades capturadas. Já a técnica FUE retira as unidades foliculares de forma individual, não sendo necessários pontos e a cicatrização é mais rápida. Porém, ela é menos recomendada, pois é mais difícil conseguir um bom número de unidades viáveis para serem transplantadas”, detalha ele.

Em ambas as técnicas, após três meses, o paciente já começa a ver uma diferença no visual. O resultado final pode ser visto em um ano. “Acontece que, após a cirurgia, todos os fios transplantados caem e a partir daí crescerão os novos. Mas é importante lembrar que o paciente deve seguir as recomendações necessárias: evitar exposição ao sol, praia e atividades físicas intensas logo após o procedimento, além de procurar manter a saúde em dia. Tudo isso irá contribuir no sucesso do procedimento”, ressalta o cirurgião plástico.

A seguir, o dr. Filipe esclarece algumas dúvidas sobre essa técnica

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    Não. Muita gente tem essa preocupação, mas na realidade isso não acontece. Os fios são retirados da parte posterior da cabeça do próprio paciente e são implantados fio a fio, então fica muito natural. No passado eram feitos em tufos dando um aspecto de cabelo de boneca que não existe mais. Hoje são separados fio a fio e implantados na área em desfalque. Tudo para deixar um aspecto final mais natural possível.

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    É natural que os fios transplantados caiam após o transplante, pois acontece um processo em que o fio entra no processo natural de queda quando ele é transplantado. Porém, após esse período, o cabelo volta a crescer. Esse crescimento já pode ser notado a partir do terceiro mês e após isso, os fios transplantados não cairão mais. É interessante destacar que o cabelo transplantado é retirado de uma parte saudável da cabeça do paciente, por isso, eles ficam com as características dessa área doadora, da área saudável, e crescerão normalmente e podem sim ficar longos. O crescimento do cabelo é em média 1cm por mês. O resultado final leva um ano.

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    Esses fatores dependem muito do estado em que se encontra a possível área doadora. Se a pessoa não tem cabelo algum, o procedimento fica inviável, já que é preciso dessa “matéria prima” do paciente. Se o indivíduo tem uma área grande de desfalque capilar, mas em compensação tem outra área que tenha fios suficientes, é possível fazer o procedimento. Mas em todo o caso é preciso avaliar de forma individual.

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    Sim. Utilizamos a anestesia local no transplante capilar. Ela é aplicada na área doadora, em que vão ser retirados os fios, e na área receptora, que receberá esses folículos. Também há casos em que é realizada a sedação venosa, em que além de não sentir dor, o paciente dorme. A cirurgia leva em média de 6 a 8 horas.

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