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Quimioterapia: pele exige cuidados extras

Quimioterapia: pele exige cuidados extras

É possível tomar sol durante o tratamento. Veja as dicas

Publicado em 20 de julho de 2018 às 18:51

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A apresentadora Ana Furtado: o tratamento contra o câncer não a impediu de curtir as férias na praia. (Reprodução/Instagram de Ana Furtado)

Em tratamento contra um câncer de mama, descoberto em junho, a atriz e apresentadora Ana Furtado não está abrindo mão de alguns prazeres por causa da doença. Ao contrário, foi curtir uns dias com a família na praia, como mostrou, toda animada, em sua rede social.

Mas alguns fãs da artista demonstraram preocupação com Ana, por causa da exposição ao sol. Ela logo tranquilizou a todos: “Esses foram os 10 minutos de sol e mar mais maravilhosos e intensos da minha vida! Para quem ficou preocupado com a minha exposição solar, quero dizer que estou sendo orientada pelos meus médicos, ficando no máximo 15 minutos no sol por dia, com protetor em um horário adequado”, comentou.

O sol, da fato, não é muito indicado para quem faz quimioterapia, método para destruir as células cancerosas no organismo ou impedir que elas aumentem. Porém, ele não está totalmente proibido.

SEM MEDO

“Realmente, a exposição ao sol não é muito recomendada. Mas tomando os cuidados, o paciente deve tentar levar uma vida normal. Não pode ter esse medo. Até porque um banho de mar ou piscina podem trazer bem-estar, o que influencia muito no tratamento, na parte emocional”, observa a dermatologista Ingrid Zon Sassine, que atua no serviço de Oncologia.

A pele, segundo ela, fica mais sensível durante a quimioterapia e pode manchar com o sol. “Por isso, a pessoa deve usar filtro solar; roupas adequadas, de preferência com fator de proteção; chapéu; óculos etc”.

Outro efeito colateral da terapia contra o câncer é que ela deixa a pele mais ressecada. “É por causa dos medicamentos. Há mais chance de sofrer coceiras, descamação. A orientação é usar bons cremes hidratantes e beber bastante líquido”, afirma a médica.

Além de investir na hidratação, a dermatologista Marciane Bertoli sugere ainda evitar tomar banho quente e usar perfumes e desodorantes que podem irritar ainda mais a pele. “Como a pele está mais frágil, se barbear ou raspar a perna ou virilha, por exemplo, pode causar feridas de difícil cicatrização”, destaca.

Os cabelos, tão afetados nessa fase, também precisam de uma atenção especial. “Os agentes quimioterápicos podem fazer o cabelo cair, o que é algo estigmatizante”, diz Marciane.

TECNOLOGIA

A tecnologia, aponta, pode ajudar a aliviar esse problema. Um exemplo é a chamada “touca gelada”, recurso que a Ana Furtado tem usado. “É uma touca hipotérmica, que faz um resfriamento do couro cabeludo, diminuindo o fluxo sanguíneo na região e evitando que o medicamento atinja os folículos capilares. Isso diminui muito a queda. Mas não é indicada para alguns os tipos de câncer, como os da corrente sanguínea, como a leucemia”.

A vaidade não precisa ficar de lado. “A pessoa pode até fazer alguns tratamentos estéticos durante a quimioterapia, mas nada muito agressivo, que use ácidos, por exemplo. Podemos indicar vitaminas que fortaleçam cabelos e unhas. Tudo o que pude fazer para ajudá-la a ficar mais confortável, feliz e confiante é válido”, comenta Ingrid Sassine.

DICAS

Com moderação

O sol não é proibido durante o tratamento quimioterápico, desde que em pequenas doses diárias e com proteção (filtro solar, roupas e chapéus com FPS, óculos)

Vaidade sim

Certos tratamentos estéticos que não sejam agressivos, nem tenham ácidos em sua composição estão liberados. Uma simples limpeza de pele pode gerar inflamação em uma pessoa que já está com imunidade baixa. Se for à manicure, deve-se evitar tirar a cutícula para não correr risco de infecção

Cabelos

A tecnologia pode ajudar a minimizar a queda dos fios. A chamada “touca gelada” evita que o remédio atinja os folículos capilares

Vitaminas

São indicadas vitaminas que ajudem a fortalecer unhas, pele e cabelos. Hidratação é essencial

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