Publicado em 25 de maio de 2019 às 21:21
Seu filho dá trabalho na hora de comer? Faz manha em todo almoço e janta e cara feia para verdura? Muitos pais se desesperam na hora das refeições. Mas se esquecem de um detalhe: olhar para o próprio prato. Especialistas são unânimes ao afirmar que se os pais querem se orgulhar do filho à mesa, precisam primeiro dar o exemplo.>
As crianças aprendem com os exemplos dentro de casa. Se quisermos mudar os hábitos alimentares e cuidar da saúde de nossas crianças, precisamos começar refletindo sobre a nossa alimentação atual, diz a nutricionista Roberta Larica.>
Roberta é uma das convidadas do Encontros do Saber, evento promovido pela Rede Gazeta, cujas inscrições estão abertas. No próximo dia 5 de junho, ela fará uma palestra junto com a também nutricionista Gabriela Kapim, que apresenta o programa Socorro! Meu filho come mal, do canal GNT.>
Com o tema Meu filho é ruim de garfo. E agora?, a palestra vai abordar a questão dos hábitos alimentares das crianças e, claro, da família toda.>
>
A alimentação da criança é reflexo do que os pais comem em casa. Não adianta pedir para seu filho não comer doces se você come todos os dias. Não adianta proibir o refrigerante se está na mesa do almoço, ressalta Roberta.>
Imitação>
Segundo a nutricionista infantil Nicolle Fiorot, certas regrinhas podem ajudar a criança a se alimentar melhor. Uma delas é os pais fazerem as refeições junto com os filhos, todos sentados à mesa. A criança aprende muito por imitação. Ali é momento de socializar, ensinar a comer, falar sobre alimentos.>
Outra dica, segundo ela, é deixar os pequenos participarem do preparo da comida. É legal também chamá-los para ir junto à feira, ao supermercado, e mostrar a eles as frutas, as verduras.>
E na hora do almoço ou da janta, oferecer uma variedade de alimentos saudáveis. O prato deve ter quatro ou cinco cores diferentes. Não é só arroz, feijão e carne, comenta Nicolle.>
Mas nunca se deve forçar a criança a comer. Muitos pais fazem um prato enorme e falam para o filho raspar tudo. Mas isso pode gerar ansiedade. Ele pode ter medo de não conseguir comer tudo ou vai comer mais do que precisa. O ideal é colocar menos comida e deixar que ele peça se quiser mais, orienta ela.>
Helena, de 7 anos, segue o bom exemplo dos pais. Ela se alimenta bem, adora verduras, como brócolis, pepino... Aqui em casa, todos gostamos de comer alimentos mais saudáveis, confirma a mãe da menina, a designer de joias Janaína Médice, 41 anos.>
Saúde>
Na casa de Janaína não entra refrigerante. E Helena não faz a menor questão dele. Prefere os lanches nutritivos que a mãe prepara na cozinha.>
Passo o final de semana fazendo cookie caseiro, carne de hambúrguer, bolo... Consigo me organizar. Não vejo como perda de tempo. O que importa é a saúde. Gosto de ver minha filha levando comida gostosa e saudável para a escola, comenta.>
Meu filho é ruim de garço. E agora?>
Palestra com a nutricionista e apresentadora do GNT Gabriela Kapim e a nutricionista Roberta Larica>
Quando: 5 de junho, às 8h30>
Local: Rede Gazeta>
Inscrições gratuitas: gazetaonline.com.br/encontrosdosaber>
SEM DRAMA NAS REFEIÇÕES>
Tenha paciência>
Seja paciente ao apresentar novos alimentos ao seu filho. Ele precisa de tempo para se acostumar com sabores diferentes>
Todos juntos>
Sempre que possível, faça das refeições um momento agradável em família, com todos à mesa comendo juntos, sem celular nem TV para tirar a atenção>
Sem recompensa>
Nada de prometer um docinho como recompensa para seu filho raspar o prato, pois ele pode entender que a refeição é um momento chato>
Seja exemplo>
Não adianta dizer para a criança comer alface se no seu prato só tem arroz, feijão e carne. Mostre que é preciso experimentar de tudo>
Não force>
Nada de obrigar a criança a comer a comida que está no prato. Ela vai ter o instinto de rejeitar tudo. Vá com calma e pense se não é melhor voltar a oferecer depois de um tempo>
Quantidade>
Não exagere no tamanho do prato. Coloque menos comida e deixe seu filho pedir para repetir, se for o caso. Muita comida à frente pode deixá-lo ansioso, com medo de não atender às suas expectativas>
Chega de beliscos>
Evite oferecer petiscos, comidas e doces fora de hora ao longo do dia. Isso pode prejudicar a fome na hora das refeições>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta