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O WhatsApp pode te ajudar a emagrecer?

O WhatsApp pode te ajudar a emagrecer?

Grupos on-line permitem acompanhamento diário e motivação para a dieta

Publicado em 5 de agosto de 2018 às 23:19

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Elisa mudou a forma de se alimentar, perdeu 32kg e já tem outra silhueta. Ao lado, quando pesava 93 quilos, em novembro do ano passado . (Carlos Alberto Silva)

Já tem um grupo da família, um da turma antiga do colégio, um dos colegas do escritório… E ainda tem gente que colocou outro grupo na lista: o da galera que emagrece junta. Na correria do dia a dia, o WhatsApp virou um aliado para quem quer mudar hábitos de vida e perder peso.

Ali todo mundo faz dieta. Mas não é só isso. Em grupos desse tipo, a ideia é compartilhar fotos das refeições, dúvidas sobre alimentação, relatos sobre dificuldades para se manter na linha, resultados conquistados e muitas mensagens de motivação. Tudo sob supervisão de um profissional, geralmente um nutricionista, e praticamente 24 horas por dia.

Quem usa essa ferramenta dos novos tempos garante que funciona. “Entrei no grupo por causa da motivação. Eu tentava fazer dieta sozinha e não conseguia. Precisava desse acompanhamento diário. Foi o que fez diferença para mim, foi responsável por 80% do meu sucesso”, conta a maquiadora Elisa Bregonci, 36 anos.

Elisa perdeu mais de 30 quilos depois que aderiu a um método de emagrecimento cuja dinâmica é toda em cima do WhatsApp. “Eu postava fotos de tudo o que eu comia, no almoço e na janta todos os dias”, diz a moça.

Fazer parte de um esquema assim não é simplesmente pelo convite do administrador do grupo. É preciso recorrer a uma clínica especializada e fazer uma consulta com nutricionista.

“O grupo não substitui a consulta presencial. Ela é importante para conhecermos o paciente, fazermos exames, indicarmos a suplementação necessária”, explica o nutricionista André Sales. Ele acompanha atualmente dois grupos on-line, cada um com 25 integrantes e um objetivo comum: aprender a comer corretamente.

ADESÃO

Desde que testou pela primeira vez essa experiência, André percebeu que o nível de adesão dos pacientes aumentou. “Antes, a gente só via o paciente um mês depois da primeira consulta. Nesse meio tempo, muita gente acabava perdendo o foco, errando e se frustrando. Com o WhatsApp, é possível fazermos esse acompanhamento diário. E a força do grupo gera uma motivação maior para continuar na dieta”, comenta.

Para manter o pessoal conectado, o nutricionista propõe desafios diários, por exemplo, para estimular as pessoas a tomarem mais chás, para comerem mais saladas cruas ou trocarem a farinha branca por ovos no café da manhã.

“Na verdade, as pessoas sabem o que devem comer, mas falta motivação. Estar com outras pessoas com o mesmo objetivo facilita a adesão aos novos hábitos. Vamos passando informações em doses pequenas, diariamente. Funciona melhor do que no atendimento apenas presencial”, destaca André.

Coach de emagrecimento, Luana Sarcinelli coordena oito grupos de WhatsApp, onde trabalha a questão da reeducação alimentar. “A gente dá orientações de como a pessoa pode melhorar a qualidade de vida e, como consequência, emagrecer. As pessoas enviam fotos do café da manhã, do almoço, da janta. Informam o peso delas diariamente. Mas tem todo um suporte profissional, com equipe multidisciplinar por trás”, explica ela.

Compartilhando a rotina alimentar, o grupo busca apoio para seguir firme na dieta, “Um vai motivando o outro, vê onde está errando e onde está acertando. Essa é a parte fundamental do programa. É o que faz o paciente chegar onde quer”, pontua Luana.

GERENCIAMENTO

 

Para o endocrinologista Eduardo Camargo, a estratégia é válida e pode gerar benefícios para mudanças de comportamento, com bons resultados, mas desde que seja bem gerenciada.

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“Claro que depende do real envolvimento da pessoa com o grupo e uma coordenação ponderada para que não haja compartilhamento de informações fantasiosas, dietas absurdas ou mesmo remédios sem prescrição médica”, observa o médico.

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